Pode chover menos ainda em MS até o início de 2022 por conta do La Niña

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A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos Estados Unidos divulgou atualização que confirma as condições de La Niña na temporada de dezembro a fevereiro de 2022.

Desse modo, será o segundo verão consecutivo que o Brasil sentirá os impactos do fenômeno climático. “Condições do La Niña se desenvolveram e devem continuar com 87% de chance do La Niña de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022”, diz trecho da publicação oficial.

O fenômeno promove mudança anormal de pressão da atmosfera no oceano Pacífico, causando seu resfriamento. O resultado dessa mudança são períodos mais secos no Sul do Brasil e chuvas mais fortes no Nordeste.

A meteorologista Valesca Fernandes, coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima, explica como o La Niña pode influenciar no regime de chuvas na região Centro-Oeste e em Mato Grosso do Sul.

“Em relação a influência não há uma influência direta. As condições do El Niño e La Niña influenciam mais na região sul e nordeste do Brasil. O que pode-se dizer é que o regime de precipitação no sul do estado se assemelha mais com a região sul do Brasil, sendo assim a previsão para os próximos três meses é que as chuvas fiquem dentro ou abaixo da normal climatológica. No extremo sul do estado, as chuvas devem ficar abaixo da normal e no restante do estado, ficará dentro do que é esperado para o trimestre, novembro, dezembro e janeiro”, explica.

A chance de ocorrência de um La Niña preocupa todo o setor produtivo, sobretudo no Centro-Sul do Brasil, que sente os impactos da seca que teve o cenário agravado durante o período de La Niña ocorrido no ano passado. No entanto, especialistas da Metsul explicam que é preciso acompanhar as projeções futuras para entender melhor como será o sistema chuvoso no próximo verão, pois o La Niña aumenta a probabilidade de estiagem no Sul e chuvas acima da média mais ao norte e nordeste, porém não é uma certeza.