A Operação Hefesto, desencadeada em julho pelo Corpo de Bombeiros com prioridade ao Pantanal, atua com atenção redobrada nesta quinta-feira (30) em várias frentes de focos de calor no município de Corumbá. O fogo reacendeu no entorno da escola rural Jatobazinho, ao Norte da cidade e margeando o Rio Paraguai, e se propaga também na sub-região do Jacadigo (ao Sul do município), distrito de Porto Esperança e na morraria do Urucum.
Os ventos fortes, calor acima de 40 graus e baixa umidade relativa do ar têm contribuído para o aumento dos incêndios que estão sendo combatidos desde o início da semana. Apesar destas condições extremas, relatório do Corpo dos Bombeiros divulgado na quarta-feira (29) indicava que o número de focos de janeiro a setembro deste ano (3.758) é menor do que no mesmo período de 2020 (6.446). Não há previsão de chuvas na região pantaneira.
Fumaça impede voos
O comandante da Operação Hefesto, tenente-coronel Vandner Valdivino Meirelles, informou que os combates aos incêndios no Jacadigo (fazenda Tatu), com acesso pela BR-454 (em direção ao Forte Coimbra), e no distrito de Porto Esperança foram intensificados, envolvendo 28 bombeiros. Os ventos sul ampliaram as chamas e os aviões Air Tractor não conseguiram operar (lançamento de água) na manhã desta quinta-feira na região devido à baixa visibilidade.
No Morro Urucum (reservas de minério de ferro), o fogo começou há três dias no entorno e atingiu o topo, colocando em risco instalações (torres) de comunicação do Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo). O Corpo de Bombeiros atua na área com 15 homens e voluntários e está programado o lançamento de água pelos Air Tractors.
Caminhão em chamas
“A área das torres está preservada e contamos com o apoio da FAB”, informou o tenente-coronel Meirelles. No Porto Esperança, o fogo consome a vegetação em frente ao distrito, que fica localizado às margens do Rio Paraguai, abaixo da BR-262, preocupando a comunidade. Estão previstos combate aéreo por quatro aeronaves. O distrito conta com brigada de combate a incêndios, formada pela comunidade e trabalhadores da mineração Vale.
Há focos sendo combatidos também nas regiões do Castelo e do Tagiloma, próximas à Corumbá, com apoio aéreo. No Pantanal do Nabileque, em Miranda, dez bombeiros fazem aceiro na estrada MS-243 para preservar uma ponte de madeira ameaçada por incêndio. Na quarta-feira, os bombeiros debelaram as chamas que atingiram um caminhão carregado de feno, na MS-228 (Estrada-Parque), no Pantanal da Nhecolândia.
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