Os investidores estavam até zonzos com os altos e baixos do Ibovespa nessa segunda-feira (27). Até que o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, negou qualquer possibilidade de mudança da política de preços da estatal.
Isso porquê os preços do petróleo são atrelados ao valor do barril no mercado internacional. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) disse que questionou o ministro de Minas e Energia sobre o que fazer para melhorar o preço dos combustíveis. A fala do presidente mais uma vez não repercutiu tão bem. Ela trouxe um temor em relação à possibilidade de uma intervenção, algo mal visto pelos investidores, segundo a análise feita pela Jornalista Lara Rizério, disponibilizada na revista InfoMoney
Mais tarde, na coletiva da Petrobras, seu presidente disse que nenhuma mudança na política de preços aconteceria — dando alívio para os acionistas e para o mercado.
Silva e Luna ainda afirmou que a Petrobras só é responsável por cerca de R$ 2 do valor do litro da gasolina, que chega a R$ 7 em alguns locais. O resto fica com outros componentes, como impostos e lucros das empresas.
“A Petrobras recebe cerca de R$ 2 por litro [de gasolina] na bomba. Essa parcela, que corresponde à Petrobras, se destina a cobrir o custo de exploração, de produção e refino do óleo, investimentos permanentes, juros da dívida, impostos e participações governamentais”, explicou durante apresentação ao vivo pela internet, que também contou com a participação de diversos diretores da empresa.
Segundo ele, há uma tempestade formada pela pandemia, a crise hídrica e a alta nas commodities.
No final do dia o Ibovespa subiu 0,27%, a 113.583 pontos, enquanto o dólar se valorizou 0,66% em relação ao real, cotado a R$ 5,38.
