Projeto visa alimentar pessoas em situação de vulnerabilidade na Capital

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A Unidade Técnica de Agricultura Urbana – UTA, localizada no Bairro Vilas Boas, uma extensão do Fundo de Apoio à Comunidade (FAC), destinada a atender o pequeno agricultor de Campo Grande, realizou a primeira colheita das hortaliças plantadas na horta escola do local.

Com foco em atender pessoas em situação de risco ou vulnerabilidade social, a horta escola é mantida pelo FAC com apoio da Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), abrangendo o Programa Hortas Urbanas e o Programa Agricultura Agroecológica.

A comunidade do Bairro Nova Jerusalém, localizado na Região Bandeira, foi a primeira a receber as hortaliças: alface crespa, alface americana, alface roxa, rúcula e almeirão. Além das hortaliças, a comunidade também recebeu as doações arrecadadas na Ceasa (Centrais de Abastecimentos de Mato Grosso do Sul).

Diariamente, a equipe do FAC passa pela Central para receber frutas e legumes que não puderam ser comercializados por estarem fora dos padrões, como tamanho e peso, por exemplo.

Atuante na liderança comunitária há mais de uma década, Manoel José de Almeida, 57 anos, preside a Associação de Amigos do Bairro Nova Jerusalém. Segundo ele, o atendimento que o FAC vem realizando há mais de dois anos é de extrema importância para quem passa por dificuldades. Somente ontem, cerca de 150 pessoas puderam levar para casa um kit saudável e bastante diversificado.  “A realidade das pessoas que vivem na periferia é outra. Elas até podem ter suas casas, mas se você abre a geladeira e o armário, se depara com uma cena que é de cortar o coração”, enfatiza ‘Neto’, como é conhecido na comunidade.

Unidade Técnica

Planejada para atender o agricultor urbano em diversos âmbitos, na Unidade Técnica de Agricultura Urbana irá funcionar ainda a central de classificação, onde o alimento recebido por parceiros da iniciativa pública e privada será separado, higienizado, embalado e entregue para as comunidades.

A primeira-dama de Campo Grande e idealizadora da UTA, Tatiana Trad,  explica que o projeto visa capacitar pessoas para técnicas de cultivo, capacitando para que possam, quem sabe, gerir o próprio negócio. “Eu acredito que possam surgir novos negócios, cooperativas. Teremos mais famílias alimentadas e capacitadas. Hoje, o FAC tem parceria com o Ceasa, com os agricultores urbanos, entre outros, que fazem doação de alimentos para que nós possamos alimentar pessoas que não tem condições, e essa é uma das grandiosidades deste espaço”, pontua.

Para Rodrigo Terra, titular da Sidagro, o Plano poderá resgatar a cultura rural no espaço urbano, aproveitando a experiência agrícola dos moradores locais. “Desta forma, a Prefeitura poderá ampliar a segurança alimentar por meio do estímulo à produção e consumo de hortaliças, legumes e frutas, com manejo de solo por sistema agroecológico, garantindo o direito à alimentação saudável, além de formar e capacitar os produtores gerando emprego e renda”, destaca.

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