Diferente dos últimos dias de julho, que tiveram frio intenso com potencial para geadas, a primeira quinzena de agosto terá aumento do calor. Na avaliação da coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Valesca Fernandes, o grande destaque serão as temperaturas.
“As temperaturas podem ficar próximas a 40°C que reduzem a umidade relativa do ar, e potencializam o risco de queimadas e incêndios florestais”, destaca.
Ao longo desta semana as máximas ficam em torno dos 30°C, porém a partir do fim de semana os termômetros já podem atingir os 40°C, especialmente parte do sudoeste, e regiões pantaneira e norte.
Uma das principais características do mês de agosto é justamente o tempo seco, e de acordo com o Cemtec a tendência é de chuvas abaixo da média. “Pelo menos até o dia 18 de agosto”, explica Valesca.
Com relação ao frio, Desirée Brandt da Somar Meteorologia explica que para todo o mês, são esperadas três ondas de frio, porém nenhuma delas comparável ao frio ocorrido no final do mês de julho e nas ondas de frio anteriores de 2021.
HIDRATE-SE!
O ar seco que atinge Mato Grosso do Sul e outras regiões do país merece atenção, afinal, essa condição eleva a concentração de poluentes, e pode aumentar em 50% o risco cardíaco de pessoas com alguma vulnerabilidade, como comprometimento coronário. O risco aumenta porque para manter a pressão arterial com esses vasos dilatados, o coração precisa trabalhar e bater mais forte. Além do coração fazer mais esforço, os poluentes do ar promovem uma irritação no pulmão.
Para o cardiologista e clínico geral, Dr. Abrão Cury, essa irritação é ruim, pois os brônquios ficam mais fechados. Quando isso acontece, os vasos também se fecham mais e o coração vai bombear contra um pulmão mais fechado, além de aumentar a resistência dos vasos. “A desidratação pelo ar seco também preocupa, pois quando a umidade do ar está baixa, o pulmão continua necessitando de um ar com 100% de saturação. É importante saber que a desidratação traz, também, outras consequências graves, como maior risco de trombose e sobrecarga ao coração. Com isso, o coração se vê obrigado a trabalhar mais depressa”, diz Dr. Abrão Cury.