Diante da estiagem e da crise hídrica decorrente, o governo do Mato Grosso do Sul tem apostado em medidas preventivas, como a orientação de produtores rurais, motoristas e pantaneiros, para evitar que queimadas, como as ocorridas ano passado, se repitam este ano.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a situação no Mato Grosso do Sul é “grave em termos de crise hídrica, com o nível dos rios muito abaixo do que estavam no ano passado”.
Ele explica que, na Bacia do Paraná, a situação é “bastante complexa”, inclusive no que se refere à geração de energia elétrica. “Hoje a água está sendo reservada para geração de energia, o que causa consequências para outros setores que precisam dessa água, como é o caso da irrigação e do abastecimento urbano”, disse Verruck, por meio de áudio enviado por sua assessoria.
O secretário acrescenta que também não houve recomposição das águas da Bacia do Paraguai, que atualmente encontra-se com nível abaixo do registrado ano passado. Nesse caso, explica, as consequências vão além das atividades turísticas, abrangendo também a navegabilidade e o transporte via modal aquático.
“Teremos ao longo do segundo semestre uma situação mais adversa do que a que tivemos ano passado. Inclusive antecipamos a suspensão da navegação de transporte para um período anterior ao ocorrido ano passado. A consequência disso é o aumento da pressão em cima das rodovias, com as cargas saindo por caminhões e a antecipação do envio de cargas para a Argentina e para o Uruguai”, disse.
Produção
A estiagem também está prejudicando a produção agrícola no estado. “Tínhamos uma estimativa inicial de colher 9 milhões de toneladas [de grãos]. Essa projeção já havia sido afetada devido ao atraso no plantio de soja, e agora ela está estimada em 6,2 milhões de toneladas. Praticamente 1 milhão de tonelada foi perdida em decorrência da falta de chuvas. Outros 2 milhões de toneladas, em decorrência da última geada que tivemos, e que agora se repete durante a semana”.
Diante da situação, o governo local publicou um decreto de estiagem seca, possibilitando a alguns produtores solicitar o seguro agrícola. Com isso, abre também a possibilidade de eles prorrogarem algumas parcelas de financiamentos obtidos para a safrinha do milho.
Queima de lavouras
“Este ano temos uma grande preocupação em relação à estiagem, que são os incêndios florestais. No caso especificamente da região do planalto, onde é plantado milho, estamos orientando os produtores a manterem, junto ao período da colheita, sistemas de controle de incêndio florestal, a exemplo do que foi feito com os produtores de cana-de-açúcar”, disse.
Segundo o secretário, alguns focos de incêndio já surgiram, mas têm sido coibidos pelos próprios produtores preparados para lidar com a situação, em função do alto risco de incêndio dessas lavouras.
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