Todas as capitais do país se encontram com nível de transmissão alto, muito alto ou extremamente alto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), de acordo com estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no período entre 11 a 17 de julho.
O boletim da Fiocruz destaca que este cenário sugere possível manutenção do número de hospitalizações e óbitos em alto patamar, caso medidas preventivas não sejam adotadas.
Entretanto, apenas dois estados brasileiros apresentam sinal de aumento do número de casos de SRAG, os estados do Acre e Amazonas. Dentre os demais estados, 17 apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo.
Capitais
De acordo com a Fiocruz, apenas 5 capitais apresentam sinal de crescimento das tendências de longo e curto prazo em SRAG. São elas: Macapá, Porto Alegre, Rio Branco, Rio de Janeiro e Vitória.
Em outras 15 capitais observa-se sinal de queda na tendência de longo prazo. Assim como é o caso de alguns estados; 5 capitais registraram sinal de estabilização nas tendências de longo e curto prazo, indicando interrupção da tendência de queda ou manutenção de platô: Plano Piloto de Brasília e arredores, Campo Grande, Florianópolis, Goiânia e Manaus.
Das 27 capitais, 6 integram macrorregiões de saúde em nível alto (Belém, Boa Vista, Cuiabá, Palmas, São Luís e Vitória). Outras 12 estão em macrorregiões em nível muito alto (Aracaju, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro e Salvador) e 9 em nível extremamente alto (Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Goiânia, Macapá, Porto Alegre, São Paulo e Teresina).
Estados
Acre e Amazonas apresentam sinal moderado de crescimento na tendência de longo prazo. No Amazonas também se observa sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo.
No Mato Grosso do Sul, Pará e Rio Grande do Sul observa-se sinal moderado de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), apenas na tendência de curto prazo, com sinal de estabilidade na tendência de longo prazo nos dois primeiros e sinal moderado de queda na tendência de longo prazo no último.
“Embora os sinais de tendência de queda e estabilidade sejam positivos, indicando poucos estados atualmente com sinal de crescimento nas tendências de longo ou curto prazo, os valores semanais continuam elevados, como apresentado pelo indicador de transmissão comunitária. Todos os estados apresentam macrorregiões em nível alto ou superior, sendo que 12 deles e o Distrito Federal têm macrorregiões em nível extremamente elevado. Isso evidencia a necessidade de manutenção de medidas de mitigação da transmissão”, afirma o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.
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