As visitas à Casa do Artesão de Campo Grande foram diminuindo, mas durante a minha infância e juventude frequentei muito este lugar. As cores, o cheiro e o cofre do Banco do Brasil estão frescos ainda na minha memória.
Eu percebi então que havia muita gente por trás dessa história, muita gente que constrói e reconstrói a cultura através das mãos. Lá é o lugar que literalmente as mãos produzem arte no estado e só visitando o lugar para entender melhor como essas obras podem contar a história do estado.
Oriundos do Chaco paraguaio e atualmente localizados na Reserva
Indígena Kadiwéu na região da serra da Bodoquena, município de Porto
Murtinho, estado do Mato Grosso do Sul. Os índios Kadiwéu, são
denominados, por diferentes autores, dentre estes: pesquisadores,
antropólogos e etnólogos como “Índios cavaleiros” ou “Índios Guerreiros” e hoje tem na cultura material ceramista seu ícone de identidade.
Autodenominavam-se Ejiwajegi e seus ancestrais os Mbayá- Guaikuru
falam língua semelhante aos Kadiwéu, que são considerados os últimos
remanescentes deste grupo no estado.
Cada peça tem uma história, cada construção da obra é única e representa um lado humano e territorial e só entendendo a fundo e conhecendo os artesãos é quem pode detalhar isso.
Há 6 anos, quem está a frente das ações da Casa é a Eliane Torres, coordenadora e incentivadora. Ela quem nos atendeu explicando como funciona e qual a história mágica deste lugar.
Conhecendo um pouco da história:
A Casa do Artesão de Campo Grande é entidade do sistema executivo para o desenvolvimento do artesanato sul-mato-grossense. Em 1915 foi construído o prédio em estilo neoclássico e com peculiaridades da arquitetura greco-romana. No início ele serviu como sede do Banco do Brasil, já na década de 40 teve sua posse transferida ao Governo do Estado de Mato Grosso, que ali instalou a Mesa de Rendas Estadual.
Só em 1974 ela virou a Casa do Artesão de Campo Grande que conhecemos e foi em 1994 que aconteceu o tombamento do prédio, garantindo a preservação de um bem considerado monumento histórico do patrimônio cultural de Mato Grosso do Sul.
Eles tem como função e objetivo :
Serem um canal de escoamento da produção artesanal através da comercialização.
Divulgar a produção artesanal sul-mato-grossense nos mercados consumidores locais, regionais, nacionais e internacionais, através da participação em feiras mostras, exposições e demais eventos.
Incentivar o aprimoramento técnico artístico dos produtos artesanais, objetivando a elevação dos padrões qualitativos da produção artesanal.
Cadastro dos Artesãos do Estado.
Quem pode expor os trabalhos?
Todos os artesãos do Estado. Basta fazer o cadastro no PaB ( Programa de artesanato Brasileiro).
Vamos visitar e prestigiar a cultura e os artesãos do nosso estado?
A Casa do Artesão fica na esquina das avenidas Afonso Pena e Calógeras. Horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira das 08:00 as 18:00 horas . Telefone: (67) 3383-2633
