Anvisa aprova uso emergencial da vacina contra Covid-19 da Johnson & Johnson

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira (31/03) o uso emergencial da vacina contra a covid-19 em dose única desenvolvida pela Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.

Na terça-feira, o laboratório já havia obtido da Anvisa o certificado de boas práticas de fabricação.

Seguindo a recomendação da área técnica da Anvisa, a maioria dos diretores votou pela permissão de uso com base em uma avaliação de que os benefícios superam os riscos. O imunizante poderá ser aplicado em pessoas com mais de 18 anos, com ou sem comorbidades. 

No começo do mês, o Ministério da Saúde fechou contrato com a empresa para a aquisição de 38 milhões de vacinas. Segundo a pasta, 16,9 milhões de doses devem ser entregues em agosto e mais 21,1 milhões em novembro.  

O imunizante da Janssen envolveu testes clínicos realizados em diferentes países, inclusive o Brasil. 

Ao contrário das vacinas da Pfizer-Biontech, da Moderna, da AstraZeneca-Oxford e da Caronavac, que requerem a administração de duas doses, a vacina da Johnson & Johnson é aplicada em dose única, o que facilita a logística de campanhas de vacinação.

No fim de janeiro, a Johnson & Johnson informou que sua vacina de dose única tem eficácia média de 66% na prevenção da covid-19. Os testes foram feitos em três continentes, e o imunizante mostrou resultados robustos, em diferentes níveis, também contra mutações do coronavírus, sobretudo para evitar casos graves.

No ensaio com quase 44 mil voluntários, o nível de proteção contra a covid-19 moderada e severa variou de 72% nos Estados Unidos a 66% na América Latina e 57% na África do Sul, onde uma variante preocupante se espalhou. Contra casos graves da doença e hospitalizações, a eficácia foi de 85%.

A vacina pode ser armazenada por pelo menos três meses em temperaturas de 2 ºC a 8 ºC. Em temperaturas de 20 ºC negativos, ela pode ficar estável por dois anos.

As vacinas da Pfizer-BioNTech e a da AstraZeneca-Oxford já obtiveram o registo definitivo para aplicação na população brasileira. Já a Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, recebeu a autorização para uso de emergência.

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