A partir desta segunda-feira (01.03), a pesca esportiva para captura está liberada nas bacias dos rios Paraguai e Paraná, respeitando-se a cota fixada pelo Governo do Estado em 2019. Nos rios pantaneiros, o pescador amador poderá levar um exemplar de qualquer tamanho, dentro das especificações mínimas e máximas definidos por lei, e mais cinco piranhas.
A pesca amadora ou recreativa é praticada como uma atividade de lazer e em Mato Grosso do Sul. Esse esporte, que cada vez mais agrega participantes, está aliada ao turismo de natureza e aventura ou contemplação. Por isso, a maioria dos seus praticantes aderiram ao pesque-solte, que em Corumbá, principal destino, já representa mais de 80% dos visitantes.
O Estado é um dos principais polos de pesca. No Pantanal, o Rio Paraguai e seus principais afluentes (Taquari, Aquidauana e Miranda) propiciam temporadas inesquecíveis. Após proibição de captura, o dourado predomina na região de Corumbá, onde foi decretada moratória há 12 anos, medida preservacionista transformada em lei estadual em 2019 por cinco anos.
Opções de pesca
O Rio Paraná, além do tucunaré, espécie exótica em abundância, é também paraíso de grandes exemplares de piapara, dourado, barbado, corimba, pirarara, tambaqui, corvina, tilápia e o jau. A região Leste, principalmente Três Lagoas e Paranaíba, concentra um dos maiores centros de pesca esportiva, com boas estruturas de pousadas e pesqueiros a oferecer aos turistas.
O Estado dispõe de várias opções para a prática da pesca esportiva. Em Corumbá, predominam os barcos-hotéis, que tem uma infraestrutura de serviços que garante comodidade, acessibilidade, guias de pesca e entretenimento (piscinas, bares). Operam com grandes grupos em viagens de cinco dias pelo Rio Paraguai, navegando 200 km ao Norte da cidade.
Considerado um dos principais destinos, Corumbá tem hoje 27 barcos-hotéis operando durante toda a temporada (março a outubro). Os operadores criaram vários protocolos de biossegurança para garantir a saúde dos visitantes, os quais chegam na cidade e seguem direto para as embarcações, onde passam por aferição de temperatura e desinfecção diária.
Sem aglomeração
Nas demais regiões de pesca – Coxim, Aquidauana, Miranda, Bonito, Rio Verde, Ladário, Jardim e Porto Murtinho -, predominam os pequenos grupos, que saem em lanchas ou botes de no máximo três pessoas. Com a ocorrência da pandemia do coronavírus, a pescaria familiar ou entre poucas pessoas tem sustentado a atividade nestes pontos turísticos.
“Nossa pescaria não tem aglomeração, são pequenos grupos, diferentemente de regiões onde operam grandes barcos-hotéis”, diz o empresário Marco Aurélio Nunes, de Porto Murtinho, dono de uma pousada (do pescador) com 63 leitos. Na cidade, a pesca se pratica em frente ao porto (com ceva para o pacu), na Pedreira (20m de barco) e no Rio Apa (distante 60 km).
Em Coxim, os empresários do setor esperam o retorno do pescador neste início de temporada, cujas reservas estão animando os donos de hotéis, pousadas e pesqueiros. O mesmo ocorre em Rio Verde, Miranda e Bonito, onde o Governo do Estado implantará o acesso pavimentado ao distrito de Águas de Miranda, pela estrada do “21” (MS/345), fomentando o turismo local.
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