O Governo do Estado construirá, em caráter emergencial, 15 pontes de concreto nos pantanais da Nhecolândia e Nabileque, em Corumbá, em substituição às estruturas de madeira que foram destruídas pelo fogo durante o período de queimadas no bioma.
Por determinação do governador Reinaldo Azambuja, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) já iniciou os procedimentos para elaboração dos projetos de engenharia, com previsão de licitar nove pontes ainda este ano, com investimento total de R$ 10,5 milhões.
As travessias de concreto serão construídas nas rodovias MS-184 (Estrada-Parque), MS-243, MS-325 e MS-195, em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Regional e Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec). As obras integram as ações do governo na decretação de estado de emergência na região.
Garantir acesso
“Fizemos a opção por implantar pontes de concreto dentro do propósito do governo de reduzir custos com manutenção de estruturas de madeira, além de garantir uma infraestrutura duradoura para uma região que tem incidência de fogo e depende da garantia do acesso para escoamento da produção”, afirma o governador.
Das 15 pontes projetadas, nove já foram aprovadas pelo Ministério do Desenvolvimento Regional com recursos já alocados. As outras seis estão em processo de avaliação técnica e financeira pelo órgão federal.
Técnicos do Ministério virão ao Estado nesta segunda-feira (23) para conhecer in loco, acompanhados por bombeiros militares da Defesa Civil do Estado, os pontos onde serão construídas as pontes. A decisão do Governo do Estado de apressar a contratação das obras visa aproveitar o período de seca na região.
Para o presidente do Sindicato Rural de Corumbá – maior município pantaneiro -, Luciano Aguilar Leite, a construção de pontes de concreto na região é uma reivindicação antiga do setor produtivo e do trade turístico, proporcionando acesso o ano todo – na seca e na cheia.
Governo presente
“É mais uma ação em benefício do Pantanal, com o governo cumprindo os compromissos com a nossa região”, disse o dirigente ruralista. “Com as pontes de concreto evitamos a ação do fogo e garantimos trânsito em qualquer época do ano, seja para transporte de gado, para o turismo ou manutenção das fazendas.”
Luciano afirmou ainda que a urgência do governo em implantar as travessias tranquiliza os pantaneiros, os quais temiam que a chegada das chuvas pudessem isolar algumas regiões por dificuldades de acesso no escoamento da produção ou retirada do gado em caso de cheia.
“Com as chuvas e a cheia teríamos problemas de atoleiros no cruzamento dos desvios onde as pontes foram queimadas, com graves prejuízos a uma região que hoje é responsável por 40% do abastecimento de boi gordo do mercado interno”, relatou.
Luciano, que é também secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Corumbá, informou que o município construirá duas pontes de concreto na MS-423, interligando as regiões do Taquari e Nhecolândia. Uma das estruturas, a da Vazante Sabiá, já foi licitada.
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