Na segunda parada da visita técnica realizada nesta sexta-feira (2), representantes dos principais órgãos envolvidos no combate aos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul estiveram na Agropecuária BR PEC, localizada nas margens da BR-262 no município de Miranda. A Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) encabeça a ação.
Assim como na fazenda Bodoquena, há uma base na Agropecuária BR PEC para monitorar as queimadas, que foram grandes na região no último fim de semana, consumindo 131 mil hectares de vegetação. Na região, os focos de incêndio se concentram nas margens de rodovias e dos rios, sendo necessário reforço da fiscalização.
Titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck, afirma que muitos dos novos focos de incêndio em todo o Estado são causados por ação humana e a fiscalização deve ser reforçada para coibir a prática e também para responsabilizar os envolvidos. “Os incêndios estão proibidos em todo o Estado, mas muitas pessoas, por desconhecimento ou questão cultural, continuam contribuindo para que as queimadas não cessem”.
Diretor da BR Pec Agropecuária, Anderson Vargas, afirma que na região do Pantanal os incêndios têm se tornado sistêmicos, com efeitos devastadores para a fauna e flora local todos os anos e só a interação entre o poder público e a iniciativa privada é eficaz para esse combate as queimadas.
“Hoje conseguimos sentar, conversar e desenvolver estratégias integradas de atuação para agora e principalmente para o próximo ano. Sobre os incêndios nós não podemos simplesmente combater, mas sim prevenir e evitar que eles aconteçam. Mas as ações só caminham de maneira eficaz quando são integradas, com um plano de ação bem feito, dirigido e coordenado, como está sendo feito”, destaca o diretor.
A visita técnica é composta por representantes da Semagro, Imasul, Ibama, Prevfogo, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. Apesar de a maioria dos focos estarem extintos ou controlados, a situação dos próximos dias é crítica devido as condições climáticas de altas temperaturas, baixa umidade do ar e velocidade do vento.
“A situação é crítica, é uma catástrofe ambiental e só com o esforço de todos, através de uma ação conjunta, vamos conseguir conter os incêndios e minimizar os impactos que já são muitos. Esse papel integrador do Estado com a iniciativa privada é fundamental e o que estamos fazendo hoje, de ver in loco o que está acontecendo e como o Governo pode agir para colaborar ainda mais”, reitera o secretário Jaime Verruck.