Toda produção de alimentos que acontece em pequenas propriedades de terra e tem administração de uma família é classificada como agricultura familiar. Além de empregar com mão de obra os membros de uma mesma família, a ocupação promove a subsistência do produtor rural e gera renda através da comercialização dos produtos.
No bairro Pioneiros, Clayton Souto, 43 anos, é o responsável pela horta de cerca de 40 m² que cultiva ao lado da esposa e dos quatro filhos do casal. “Tem 1 ano e 8 meses que a gente está com a horta. Tem dado certo, a gente está vivendo daqui, paga as despesas daqui, a gente come daqui dessa produção”, descreve.
Com as aulas suspensas devido a pandemia, o plantio também conta a participação dos filhos, situação que une ainda mais a família. “Na hora de plantar para a criança que não está indo na escola, é uma atividade a mais”, conta demonstrando gratidão ao projeto Hortas Urbanas. “Sem a Sedesc e sem a Agraer não tinha acontecido a horta. Por exemplo o custo de um trator é alto né, eles vieram fizeram tudo aqui”.
A produção de hortaliças também é fonte de renda e sustento da família de Claudemir Araújo, 60 anos, no Jardim Parque Dallas. Ele afirma que a pandemia dificultou um pouco no começo, mas que agora as coisas começaram a melhorar. “Vendemos para as bancas da região e vizinhos”, conta.
Sobre o suporte que recebe desde o início do ano através do projeto Hortas Urbanas ele descreve. “Pra gente é muito importante, porque eles dão dicas, informações de como fazer, como cuidar, como tem que adubar, o que precisa fazer para combater as pragas, e isso ajuda muito na produção”, avalia.
Ambos fazem parte de um grupo de 200 famílias que o projeto Hortas Urbanas pretende alcançar, considerando 80 que a Sedesc já atendia e seriam fortalecidas. Das que foram implantadas desde o lançamento do projeto em outubro do ano passado, 34 hortas seguem em plena atividade. Como o projeto incluía escolas públicas a pandemia desacelerou o ritmo da iniciativa que será retomada de forma gradativa, segundo a Agraer.
O Hortas Urbanas, fruto de parceria entre o Governo do Estado e Prefeitura de Campo Grande, visa fomentar a agricultura familiar, gerar renda e melhorar os hábitos de consumo nas comunidades. O suporte se dá por meio da da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul (Agraer) e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia de Campo Grande (Sedesc) no fornecimento de insumo inicial, como o adubo, matéria orgânica e material para construção; suporte para manutenção, com mudas e sementes de hortaliças; além de acompanhamento técnico periódico.
Balanço da Agraer indica que desde o lançamento do projeto já foram distribuídas 34,0 toneladas de composto orgânico, 26,0 mil mudas de hortaliças, além do transporte de 1.500 toneladas de calcário e 1.000 toneladas de adubo orgânico.
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