Livro “A Glória desta morena” traz contos inéditos de Glorinha Sá Rosa, ícone da literatura sul-mato-grossense

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O lançamento do livro “A glória desta morena” vai ser o primeiro evento literário drive-in no Autocine da UFMS no próximo dia 25 de agosto, às 19h. A ação inédita homenageia a professora Glorinha de Sá Rosa, uma das intelectuais que muito contribuiu para a educação e cultura do Estado, e é promovida pela Prefeitura de Campo Grande por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur) em parceria com o Governo do Estado, através da Fundação de Cultura e com a Life Editora.

A publicação com cinco textos inéditos de Maria da Glória Sá Rosa, também tem publicações de 29 autores convidados. Na ocasião o livro vai ser vendido em sistema drive-thru. A ação foi pensada para, mesmo em tempos de pandemia, valorizar a literatura local e homenagear Glorinha, que teve uma vida em prol da valorização da cultura sul-mato-grossense. Devido à sua relevância, Glorinha já foi homenageada na Feira Literária de Bonito (Flibonito) e virou até mesmo tema do samba-enredo da Escola de Samba Deixa Falar em 2019.

Sylvia Cesco, que organizou o livro a pedido da editora Life e foi amiga de Glorinha, diz estar com a sensação do dever cumprido. “Um trabalho que levou mais de dois anos e que fiz com muito cainho, amor. Glorinha foi minha mãe literária e que sempre quis dar voz a outros escritores desconhecidos e essa obra realiza o desejo dela”, reflete Cesco.

Já a presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Mara Caseiro, destaca o legado de Glorinha na Educação e Cultura. “Foi uma mulher a frente do seu tempo, visionária, com uma literatura rica que exalta a beleza e a diversidade de Mato Grosso do Sul, bem como inspirou e formou vários outros intelectuais no Estado”.

Maria da Glória Sá Rosa nasceu em Mombaça (CE), no dia 4 de novembro de 1927. Era formada em Línguas Neolatinas na PUC/RJ, diplomada em francês, fundou e dirigiu a Aliança Francesa em Campo Grande, além de fundar a Revista Estudos Universitários/Fucmat; o Teatro Universitário Campo-grandense (TUC) e o Cine Clube de Campo Grande.

Também dirigiu o projeto Prata da Casa, responsável por espetáculos de música ao vivo e pela edição de disco de músicas da região. Trabalhou por cerca de 26 anos na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), fez parte da Academia Sul-mato-grossense de Letras onde ocupava a cadeira de número 19.

Gloria também atuou no poder público ocupando diversos como secretária-adjunta da Secretaria de Desenvolvimento Social, assim como presidente do Conselho Estadual de Cultura, superintendente da Secretaria de Cultura e Esportes e presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. Faleceu em 2016 aos 88 anos vítima de um AVC.

Teve as seguintes obras publicadas: Estudo sobre Guimarães Rosa – 1967, Análise Estrutural do Romance – 1971, O Romance brasileiro atual Realismo Mágico e Realismo Mimético – 1976, Análise Interpretativa do conto “Casa de Bronze” de João Guimarães Rosa – 1974, Memórias da Cultura e da Educação em Mato Grosso do Sul, Deus quer, o homem sonha, a cidade nasce – “Campo Grande Cem Anos de História”, Crônicas de Fim de Século – 2001, Contos de Hoje e Sempre – Tecendo Palavras, Artes Plásticas em Mato Grosso do Sul (em parceria com Idara Duncan e Yara Penteado) e a Música de Mato Grosso do Sul, em parceria com Idara Duncan (FIC-MS, 2009).

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