Em meio a agenda de autoridade, Casa Militar atende missão humanitária

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Pedidos de socorro jamais são negados pela Casa Militar do Governo de Mato Grosso do Sul. Por isso, o chamado de uma criança de 10 anos por uma viagem de transplante de rim falou mais alto do que uma agenda de trabalho de uma autoridade estadual. Tudo aconteceu na última sexta-feira (19/6) em poucas horas. E no final dia, Manoela, que vive em Ivinhema, conseguiu em Curitiba (PR) a cirurgia renal que tanto precisava.

Naquela data, o tenente-coronel Trombine e o major Coletes tinham mais um dia de trabalho normal. Na programação: viagem de avião de Campo Grande a Dourados com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende – que tinha visitas e entregas de equipamentos nos hospitais da Vida, Universitário e Evangélico. 

Mas de repente uma ligação da Central Estadual de Transplantes mudou a programação da equipe militar. “Recebemos a missão e organizamos a viagem de Dourados a Curitiba. Deixamos o secretário na agenda e fomos com a Manuzinha e a família para lá”, disse o major Coletes

Com os dois tripulantes, o avião saiu às 13h30 de Dourados e chegou às 15h33 no Aeroporto de Bacacheri, em Curitiba. A Casa Militar do Governo do Paraná deu apoio terrestre e conseguiu uma ambulância para levar Manu até o hospital onde foi feito o transplante. Agora, a paciente está em recuperação e aguarda alta hospitalar para voltar a Mato Grosso do Sul.

“A Casa Militar nos ajuda em viagens assim, em caráter de emergência. Recebemos uma ligação dizendo que tem o órgão disponível e temos que providenciar a ida do paciente a tempo, em cinco, oito ou dez horas. Sem esse apoio não teríamos condições”, explicou a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Claire Miozzo. Só neste ano, segundo ela, cinco sul-mato-grossenses contaram com apoio da Casa Militar em viagens para transplantes. 

Missões humanitárias

Entre todos os trabalhos realizados pela Casa Militar, como transporte de autoridades e patrulhamento de fronteira, as missões humanitárias são as mais gratificantes para os tripulantes. “É uma grande satisfação salvar uma vida ou poder colaborar para uma vida melhor de uma pessoa que precisa de um transplante”, definiu o tenente-coronel Ortale, que comanda o grupo de militares.

Ele explicou que a Casa Militar tem toda a estrutura voltada para o atendimento da comunidade. “Se for para salvar vidas, podem contar com a Polícia Militar e o Governo do Estado a qualquer hora do dia e da noite. Além do transporte de autoridades e de observação da fronteira, nosso serviço é voltado para o social, para o sul-mato-grossense”, afirmou o militar.