Hospital referência de MS para tratamento do coronavírus já recebeu 2,5 mil EPIs feitos por detentos

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Sob coordenação da Agência Estaual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), a força de trabalho de detentos de Mato Grosso do Sul tem contribuído para garantir equipamentos de proteção individual a quem está na linha de frente do tratamento de pessoas acometidas pelo coronavírus.

Apenas o Hospital Regional, unidade de saúde referência para o tratamento da doença, já recebeu cerca de 2,5 mil EPIs, entre máscaras, calças, blusas, capotes e pro-pés, essenciais para ajudar a proteger quem lida diretamente com o combate à essa pandemia que está assustando o mundo inteiro. A última entrega ao hospital foi realizada na sexta-feira (24.4) pela chefe da Divisão do Trabalho da Agepen, Elaine Cecci – acompanhada pelo enfermeiro e doutor em Doenças Infecciosas e Parasitárias, Everton Ferreira Lemos (orientador técnico do projeto) – à diretora-presidente do HR, Rosana Leite de Melo, e ao diretor administrativo, Marcelo César de Arruda Ferreira.

A doação é fruto de um termo de cooperação mútua assinado entre a Agepen, Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul (Amamsul), Associação Sul-Mato-Grossense do Ministério Público (ASMMP) e o Hospital Regional, com as instituições parceiras arrecadando insumos para a produção pelos reeducandos.

Várias frentes

Atualmente, estão em funcionamento 20 polos de produção de EPIs em estabelecimentos penais, contribuindo para assegurar esses materiais, além do HR, a diversas instituições de saúde de várias partes do estado, forças policiais, uneis, organizações assistenciais e para a segurança no trabalho dos servidores penitenciários e profissionais da área médica dentro dos próprios presídios.

Pelo trabalho, todos os reeducandos envolvidos recebem remição de um dia na pena a cada três trabalhados, conforme estabelece a Lei de Execução Penal (LEP).

Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, a iniciativa, além de contribuir para saúde de toda a população, é uma forma de promover a ressocialização de homens e mulheres em situação de prisão.

A ação é coordenada pela Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen, por meio das divisões de Saúde e Trabalho Prisional, e conta com apoio das direções dos presídios envolvidos.

A produção dentro das unidades penais conta, ainda, com o apoio da equipe do infectologista Júlio Croda, Mariana Croda; assim como, do secretário e adjunta da SES, os médicos Geraldo Resende e Christine Maymone, além do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Poder Judiciário e Ministério Público, por meio do juiz Albino Coimbra Neto e da promotora Renata Goya, prefeituras, entre outros.