MS reduz homicídios na Capital e nas maiores cidades

299

Em 21% dos municípios de MS, não foi registrado nenhum homicídio no ano passado

Com 17 municípios sem nenhum homicídio doloso no ano de 2019, o trabalho das forças de segurança e os investimentos do Governo do Estado resultaram em queda no número de assassinatos na Capital e no interior, inclusive na faixa de fronteira.

Reportagem do jornal O Globo mostra que dos 11 municípios com mais de 40 mil habitantes em Mato Grosso do Sul, 9 tiveram diminuição no número de homicídios. Em Paranaíba, por exemplo, foram registrados cinco homicídios em 2018. No ano passado, não houve nenhum.

Em Campo Grande, a queda foi de 32,5%, passando de 83 para 56 casos. E em Dourados, Corumbá e Três Lagoas foram registradas diminuições de, respectivamente, 4,9%, 10,7% e 43,8%. Aquidauana, Nova Andradina e Maracaju também reduziram os casos. As retrações foram de 55,6%, 40% e 33,3%.

Campo Grande

As 12 principais categorias de crimes tiveram queda no ano passado, inclusive na Capital. De acordo com os dados da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), os números mais expressivos em relação a Campo Grande foram na redução de roubo seguido de morte (-66,7%), roubo em via pública (-58,3%) e roubo em estabelecimento comercial (-36,9%).

Cidades sem homicídio

A queda da violência não foi registrada apenas nas grandes cidades. Municípios como Pedro Gomes, Douradina, Laguna Carapã, Batayporã e Figueirão não tiveram nenhum crime que resultou em morte em 2019 como homicídios doloso e culposo, roubo seguido de morte ou feminicídio.

Os outros municípios sem nenhum homicídio doloso no ano passado são Bodoquena, Dois Irmãos do Buriti, Jaraguari, Pedro Gomes, Nova Alvorada do Sul, Deodápolis, Glória de Dourados, Jateí, Vicentina, Taquarussu, Antônio João e Brasilândia.

Investimento

A explicação para o resultado está na atuação das forças policiais – com foco no trabalho de inteligência, combate ao tráfico de drogas, aumento do policiamento preventivo e ostensivo, fiscalização das principais vias, prisão dos autores de roubos e esclarecimento dos crimes – e nos investimentos do Governo do Estado. A informação é do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira.

“Dentro de uma política de redução dos índices de criminalidade, o ano passado foi bastante promissor. Fruto de muita dedicação, de muita integração e também dos investimentos que foram feitos. Começamos a colher os investimentos que fizemos desde o MS Mais Seguro”, afirmou o secretário.

O Governo do Estado investiu mais de R$ 130 milhões na segurança pública de Mato Grosso do Sul nos últimos cinco anos e já entregou 685 viaturas e 755 armamentos, além de munições, equipamentos de proteção e investimentos em concursos, formação e promoções, entre outros.

Mais viaturas e militares 

Na última segunda-feira (27.1), o governador Reinaldo Azambuja reforçou ainda mais a segurança pública com a entrega de 43 viaturas e três micro-ônibus para a Polícia Militar e autorizando a formação de 650 novos militares, que irão atuar em todas as regiões de Mato Grosso do Sul.

Serão 109 oficiais e 541 soldados para Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militiar. Vão ingressar na PM, 388 soldados, 50 oficiais combatentes e 13 oficiais de saúde. Já para os Bombeiros, serão 153 soldados, 23 oficiais, 12 oficiais de saúde e 12 oficiais especialistas.

Reinaldo Azambuja elogiou o trabalho e os resultados das forças policiais do Estado, voltou a cobrar maior presença federal e sugeriu a instalação do Núcleo de Inteligência de Fronteira em Mato Grosso do Sul.

“Temos um orgulho enorme [dos nossos policiais]. Sabemos que temos uma das melhores policias do Brasil. Os resultados de Mato Grosso do Sul falam por todos nós. Diminuímos em mais de 15% todos os índices de criminalidade. Alguns com números extremamente relevantes. Temos os melhores índices de trabalho”, disse.

Sobre a segurança das fronteiras, Reinaldo Azambuja afirmou que Mato Grosso do Sul está fazendo a sua parte, inclusive com as maiores apreensões de drogas do país, mas que precisa do auxílio do governo federal ampliando o número de policiais federais e com mais presença da força nacional de segurança, evitando a entrada de drogas e armas que acabam abastecendo grupos criminosos nos grandes centros.

Recentemente, 76 presos fugiram de um presídio em Pedro Juan Caballero (PY), na fronteira com Mato Grosso do Sul. No entanto, a reivindicação do Governo do Estado por mais efetivos federais na região, vem desde 2015, e foi reiterada diversas vezes.