Com a participação de atletas profissionais, a Rede Municipal de Ensino (Reme), realizou, na tarde de sábado (30), no Horto Florestal, o 1ºFestival de Esportes Radicais, que teve o objetivo de promover a divulgação de atividades que, apesar de não integrarem o quadro das modalidades esportivas tradicionais realizadas na Reme, também podem contribuir com o processo pedagógico, segundo a secretária municipal de Educação, Elza Fernandes, que marcou presença no evento, junto com o prefeito Marquinhos Trad.
“Fechamos as atividades da Deac com chave de ouro, com esse festival. Nós acreditamos que educação também se faz a partir da união de todos os esportes, arte e cultura, por isso queremos valorizar estas novas modalidades. Hoje conseguimos atender 34 mil alunos com nossos projetos no contra turno e no próximo ano vamos incentivar mas os esportes radicais”, disse.
O superintendente da Divisão de Esporte, Arte e Cultura da Reme, Marcos Antônio Lopes, destacou o apoio da atual gestão quanto a realização de eventos esportivos. “Sem esta ajuda não conseguiríamos fazer nada. É muito importante ter um gestor que tem uma política aberta, sem preconceitos, para todas as modalidades”, enfatizou.
Um dos primeiros skatistas profissionais do Estado a ter destaque no cenário nacional, Pedro Henrique falou sobre a importância das parcerias na divulgação do esporte. “Este evento é uma forma de abrir as portas do universo do skate, mostrando nossa arte e valorizando o esporte. É importante quebrar barreiras e incentivar novos talentos”, pontuou.
União
O Festival de Esportes Radicais da Reme reuniu diversas modalidades, como skate, escalada, arte circense, que contou com a participação de alunos da escola “Oliva Enciso”, slackline, modalidade que já é trabalhada em escolas da Reme e a linguagem artística do grafite, divulgada por alunos da escola municipal “Irmã Edith Coelho Neto” e pela professora de Arte da unidade, Alessandra de Moura Silva Claro, que trabalha com grafite há cinco anos na unidade. “É uma arte que tem muito a ver com jovens e trabalha mais a linguagem deles. É muito boa esta união porque conscientiza o público que é uma forma de expressão e não tem nada a ver com marginalidade”, pontuou.
O aluno Christian Neto, 15 anos, disse que o evento contribui com a quebra do preconceito, além de abrir espaço para a arte alternativa. “As pessoas às vezes não conhecem determinadas atividades e criticam, por isso foi bom para quebrar o preconceito. No caso do grafite, mostramos que ele não tem nada a ver com pichação”, explicou.
A skatista Eduarda Gabriele Nogueira, 19 anos, acadêmica de Educação Física da UFMS, foi convidada a dar aulas de skate no evento e destacou o interesse das meninas também em participarem do esporte, que também fará parte das próximas Olimpíadas.
“A nova Base Nacional Comum Curricular incentiva o trabalho dos esportes radicais, mas alguns profissionais não veem como inserir esses esportes no dia a dia das escolas e este evento é um bom exemplo para mostrar que é possível. Você vai em lugares públicos e vê jovens praticando e escola como preparadora das crianças precisa mostrar todo tipo de cultura”, ressaltou.
O 1º Festival de Esportes Radicais contou com a parceria da Toys Skate Shop e Vertical Rapel, que disponibilizaram arbitragem, premiação e brindes para os atletas que competiram nas provas de skate.