Eleição presidencial ocorre neste domingo na Argentina

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A man walks past a political advertising sign of "Juntos por el Cambio" ruling party with an image depicting Argentina's President and presidential hopeful Mauricio Macri (top) partially covered by banners with slogans against Argentina's government in Buenos Aires on August 7, 2019, ahead of Argentina's primary elections to be held on August 11. (Photo by JUAN MABROMATA / AFP)

Hoje (27) é dia de eleição na Argentina. Cerca de 34 milhões de argentinos estão habilitados para votar. Eles decidirão os cargos de presidente e vice-presidente, senadores e deputados. Os colégios eleitorais abrem às 08h e as votações serão encerradas às 18h.

As eleições primárias, realizadas em agosto no país, apontaram para uma vitória em primeiro turno da chapa de Alberto Fernandez e Cristina Kirchner. Na disputa, eles receberam 47% dos votos. Mauricio Macri, o atual presidente do país, recebeu 32%. Ele tem como vice Miguel Ángelo Pichetto.

Caso essa diferença se mantenha, Alberto Fernandez vence em primeiro turno. Na Argentina, é necessário 45% dos votos ou 40% e dez pontos de vantagem em relação ao segundo colocado.

Mauricio Macri é candidato pela coalizão Juntos por el Cambio. Alberto Fernández é da coalizão Frente de Todos.

Em terceiro lugar nas pesquisas, aparece Roberto Lavagna, que tem cerca de 8% das intenções de voto e é candidato pela coalizão Consenso Federal. São candidatos à presidência também Nicolás del Caño, da coalizão Frente de Esquerda; José Luis Espert, da Unite; e Juan Centurión, da Frente Nós. Os 3 últimos têm entre 1% e 3% das intenções de voto.

Além de eleger o presidente e o vice-presidente, a votação definirá os nomes de 130 deputados nacionais, 24 senadores nacionais e 43 deputados do Parlamento do Mercosul. Em algumas províncias também serão eleitas autoridades executivas e legislativas.

Um eventual segundo turno será dia 24 de novembro e o novo governo assumirá dia 10 de dezembro. O mandato presidencial é de 4 anos e é permitida apenas uma reeleição.

Primárias

As primárias, conhecidas como PASO (Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias) funcionam como uma sondagem e serviram para definir os partidos e candidatos habilitados a participar das eleições gerais de hoje.

Após o resultado das eleições primárias, o dólar disparou e Macri se viu obrigado a lançar uma série de medidas para tentar conter a inflação e aliviar um pouco o bolso dos argentinos.

Entre as medidas anunciadas por Macri estavam: a liberação de bônus salariais para os trabalhadores (servidores públicos e privados, informais e desempregados); o congelamento o preço da gasolina por 90 dias; o aumento do salário mínimo; e a permissão para que as pequenas e médias empresas pudessem renegociar suas dívidas tributárias em 10 anos. Ele anunciou ainda a redução no imposto de renda dos aposentados, bônus para famílias de baixa renda com filhos e um aumento de 40% no valor das bolsas dos estudantes.

O país enfrenta uma grave crise econômica e social; a inflação este ano deve chegar a 55%; 30% das pessoas vive na pobreza e os sem-teto chegam a quase 10% da população.