Enem Digital: Saiba as mudanças, vantagens e desvantagens

O Nacional Jovem fala sobre a digitalização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A medida deve ocorrer gradativamente a partir do próximo ano, com previsão para a implementação completa em 2026.

O programa conversou com o ex-professor de química e matemática, CEO e cofundador da Evolutional, Frederico Luís Vilela.

Frederico acredita que as questões poderão envolver materiais mais próximos dos jovens, como jogos e vídeos. Outra possibilidade é a aplicação de mais provas por ano e a realização de um teste adaptativo, com base no conhecimento do aluno.

“A gente tem que ter questões adequadas a todos os perfis de alunos, desde as questões mais básicas até as mais desafiantes. Se estou aplicando uma prova digital e consigo entender que um aluno está com dificuldade naquele teste, eu posso direcioná-lo para apenas as questões mais simples”, afirmou.

Ele considera que seria possível um tempo menor de prova, com menos questões.

Sobre se essa questão traria desigualdade entre os estudantes, o CEO considera que não, já que assim a prova seria mais inclusiva.

Para Frederico, a dificuldade de acesso a computadores por alguns estudantes é uma das preocupações.

“É uma situação que precisa ser monitorada. Até 2026 a gente tem uma estrada a ser percorrida. Identificar essas deficiências e impactos da tecnologia num país tão desigual quanto o Brasil que vivemos é uma lição de casa que a gente precisa fazer”, acrescentou.

O programa Nacional Jovem vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 16h, na Rádio Nacional da Amazônia, e às 15h, na Rádio Nacional do Alto Solimões.