A Prefeitura está mobilizando um grande aparato de pessoal (são 50 trabalhadores), e 44 equipamentos (entre caminhões e máquinas) para concluir, ainda em agosto, mês do aniversário de Campo Grande, o desassoreamento do lago principal do Parque das Nações Indígenas, um dos principais cartões postais da cidade.
Desde o dia 11 de junho, quando o trabalho começou pelo lago menor, já foram retirados mais de 85 mil metros cúbicos, de um total de 135.474 mil metros cúbicos que estavam assoreando os dois espelhos d’água. Foram 7.500 viagens de caminhão até o local de descarte.
O trabalho no lago menor, iniciado dia 11 de junho, terminou duas semanas depois, dia 25. Foram retirados 15.474 metros cúbicos de areia, exigindo 1.500 viagens de caminhão.
Conforme levantamento do Superintendente de Serviços Públicos da Sisep, engenheiro civil Mehdi Talayeh, em 30 dias de efetivo serviço no lago principal, houve a retirada de 70 mil metros de areia, 58% do sedimento acumulado nos 5 hectares por onde suas águas se espraiavam, engolidas por imensos bancos de areia. Foram computados até aqui, 6 mil viagens, somando, aproximadamente, 25 mil quilômetros rodados, o suficiente para ir e voltar de São Paulo mais de 12 vezes. Falta ainda retirar 50 mil metros cúbicos, o que deve exigir mais 3 mil viagens dos 30 caminhões envolvidos na operação.
O ritmo dos trabalhos é intenso, de segunda até o final da tarde sábado, das 7 às 17 horas, com uma hora de intervalo para almoço. Desde quando começou, foram poucas as interrupções, quatro dias de chuva e dois dias, quando foi preciso interromper o serviço para desobstruir a tubulação do vertedouro do lago. Um dos desafios enfrentados foi improvisar bueiros provisórios em meio aos bancos de areia para servir de travessia os caminhões sobre o canal original do Prosa, córrego formador do lago junto com o Reveillon e o Joaquim Português.
Além de 50 trabalhadores, entre encarregados, operadores de máquina, motoristas e apontadores, o trabalho no Parque das Nações mobiliza 30 caminhões, 8 escavadeiras, uma pá carregadeira; uma patrola; um trator de esteira; um caminhão de apoiol; um pipa; um comboio e uma retro escavadeira.
Projeto de R$ 8 milhões
A recuperação dos lagos do Parque das Nações Indígenas vai exigir um investimento de R$ 8 milhões, recurso da Prefeitura (R$ 5 milhões ) e do Governo do Estado (R$ 3 milhões). O projeto inclui a construção de um piscinão no Córrego Réveillon, na esquina das avenidas Mato Grosso com Hiroshima; obras de controle de erosão e recomposição vegetal das margens do Córrego Joaquim Português; e implantação de uma comporta de regulação do nível do lago, tão logo o desassoreamento esteja concluído.
Para evitar que os lagos voltem a ficar assoreados , com o carreamento de areia junto com a enxurrada que desce dos bairros do entorno do Parque dos Poderes, serão executados dois projetos nos córregos Réveillon e Joaquim Português, cujas águas formam o lago.
No Réveillon, a Prefeitura implantará um piscinão, inicialmente projetado para armazenagem de 22 mil metros cúbicos de água. No Joaquim Português, o Governo do Estado vai executar obras de controle de erosão e replantio da vegetação nas margens. Os projetos já estão sendo contratados e a licitações devem ocorrer até dezembro de 2019.
Com as intervenções programadas, segundo Rudi Fiorese, além de recuperar um cartão postal da Capital, os lagos terão um papel importante no controle de enchentes de afluentes do Córrego Prosa, que em dias de chuva mais intensa, transbordam na região do Shopping Campo Grande. Terão capacidade para armazenar 65 mil metros cúbicos de água, o equivalente a três vezes a capacidade do piscinão que será construído nos altos da Avenida Mato Grosso.
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