Devido as obras de revitalização do Parque das Nações Indígenas, os acessos a lagoa maior começaram a ser interditados nesta segunda-feira (24.6) para o início dos serviços de desassoreamento.
As entradas em torno do lago maior denominadas Guató, Kaiowa e a de Serviço serão fechadas. Será permitido ao acesso temporário pelas entradas Nhandeva (próxima ao Museu das Culturas Dom Bosco), Guarani (perto da Fundação de Turismo) e Terena (próxima a quadra de areia). Tapumes foram colocados na pista de caminhada que dá acesso aos locais.
A diretora de Desenvolvimento do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Thais Caramori, explicou que a interdição parcial do Parque das Nações Indígenas será por causa do grande fluxo de máquinas na região e ocorrerá durante o período de realização da obra. “É importante que a população respeite a interdição e não entre na área delimitada. Caso não ocorra a colaboração das pessoas teremos que interditar todo o Parque”, disse.
Diretora do Imasul, Thais Caramori, pede a colaboração dos frequentadores do Parque
Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), as obras no lago maior começam nesta terça-feira (25.6). Serão utilizados 30 caminhões basculantes e seis escavadeiras.
O desassoreamento dos lagos faz parte das seis ações realizadas pelo Governo do Estado para a revitalização do Parque das Nações indígenas, frequentado diariamente por cerca de duas mil pessoas. Com parceria da Prefeitura de Campo Grande, as obras de desassoreamento tiveram início em 11 de junho pelo lago menor.
É previsto durante o processo de desassoreamento do lago a retirada de aproximadamente 140 mil metros cúbicos de areia, com a utilização de escavadeiras hidráulicas.
O desassoreamento e recuperação dos lagos de contenção do Parque das Nações Indígenas será realizado através de convênio com o repasse de R$ 1,5 milhão – recursos do Imasul, oriundos de compensação ambiental. Os serviços serão executados pela administração municipal, por meio da Sisep, e têm previsão de até 120 dias para serem concluídos.
Será construído um piscinão no Córrego Reveillon, na esquina das avenidas Mato Grosso com Hiroshima; controle de erosão e recomposição vegetal das margens do Córrego Joaquim Português; e implantação de uma comporta de regulação do nível do lago, tão logo o desassoreamento esteja concluído.
Para evitar que o lago volte a ficar assoreado, com o carreamento de areia junto com a enxurrada que desce dos bairros do entorno do Parque dos Poderes, serão executados dois projetos, nos córregos Reveillon e Manoel Português, cujas águas formam o lago. No Reveillon, será implantado um piscinão, inicialmente projetado para armazenagem de 22 mil metros cúbicos de água. No Manoel Português, o Governo do Estado vai executar obras de controle de erosão e replantio da vegetação nas margens. Os projetos já estão sendo contratados e a licitações devem ocorrer até dezembro de 2019.
Com as intervenções programadas, além de recuperar um cartão postal da Capital, os lagos terão um papel importante no controle de enchentes de afluentes do Córrego Prosa, que em dias de chuva mais intensa, transbordam na região do Shopping Campo Grande. Terão capacidade para armazenar 65 mil metros cúbicos de água, o equivalente a três vezes a capacidade do piscinão que será construído nos altos da Avenida Mato Grosso.