As demandas do setor de florestas, tanto plantada quanto nativa, vem sendo tratadas em Mato Grosso do Sul com auxílio da Câmara Setorial de Florestas, que tem como coordenador o engenheiro florestal Moacir Reis, gerente do Grupo Mutum, produtor de eucalipto para celulose, carvão vegetal destinado à indústria siderúrgica e ao uso doméstico. Ele também é o presidente da Reflore, Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas, que reúne as maiores empresas do setor.
Buscando auxiliar na organização da cadeia produtiva, a Câmara se reuniu nesta semana, abrindo discussão com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre tomada de preços de floresta, de madeira, que segundo Moacir, é um tema que merece ampla discussão e divulgação e tratando sobre a orientação aos produtores para importância de buscar informações sobre onde essas florestas podem ou não serem plantadas, para evitar surpresas negativas quanto ao retorno financeiro.
Segundo Moacir, a desinformação é um dos maiores problemas para quem trabalha no setor produtivo da madeira. Ele explica que há sim grande preocupação com o desmatamento e mais ainda com a preservação de arvores nativas, das reservas legais, áreas de proteção permanente (APP) e áreas de conservação, contudo ainda persistem muitos discursos equivocados a respeito desse tema. “Aqui no Mato grosso do Sul temos um entendimento sobre conservação e sustentabilidade diferenciado do resto do País. Crescemos olhando a questão ambiental, social e econômica e valorizando a parceria com o Governo do Estado que nos oferece o suporte necessário e tem sido fundamental para o desenvolvimento do setor”. Completou.
Com a superação ainda em 2018, da meta de 1 milhão de hectares de área plantada de eucalipto e pinos prevista para ser alcançada em 2030, a Câmara observou a necessidade da atualização do Plano Florestal do Estado e vem trabalhando no escopo deste projeto. “Hoje o Estado tem duas industrias de celulose em três Lagoas, é um dos maiores produtores de celulose do Brasil e do mundo”.
Moacir lembra que os problemas da empresa Vale em Brumadinho fizeram com que muito do minério de Corumbá tem ido para Minas Gerais o que também trouxe novas perspectivas para o setor. O tema também esteve em pauta e é tratado com nível elevado de atenção pelos membros da Câmara.
“Trabalhamos a expansão de novas industrias, pensando no meio ambiente, pensando no produtor, pensando em gerar postos de emprego e mais renda para nossa gente”. Reforçou Moacir ao afirmar que o objetivo principal da Câmara hoje é trabalhar o setor como um todo, o que inclui, setor de serraria, cavaco e carvão vegetal, mantendo o equilíbrio para o Estado continuar sendo referência como é hoje, para todo País.
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