Festival de Inverno de Bonito 2019 terá shows com Gal Costa, Lenine e Chrystian e Ralf

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O Festival de Inverno de Bonito 2019 terá como atrações nacionais a dupla Chrystian e Ralf, a cantora Gal Costa e o músico Lenine. Os artistas sobem ao Palco das Águas nos dias 25, 27 e 28 de julho, respectivamente.

Abrindo a programação de shows nacionais, a dupla reconhecida como a mais afinada do Brasil, Chrystian e Ralf, traz a Bonito o show de sua turnê 2019. Famosa pelo som agudo de suas canções, a dupla já lançou 20 álbuns e 34 coletâneas e 6 DVDs. Além dos atuais vídeos independentes, também os famosos Pockets.


Muitas canções da dupla foram temas de novelas

Reconhecida nacionalmente e internacionalmente, foi a primeira dupla sertaneja a gravar em formato de CD, foi também a primeira dupla a vender 1 milhão de cópias de LPs, o que foi considerado um feito histórico nos anos de 1988 a 1990 feito alcançado somente pelo “rei” Roberto Carlos.

A dupla Chrystian & Ralf é famosa por ter várias músicas como tema de novelas. Só o CD da novela Rei do Gado, com a música Minha Gioconda com a participação de Agnaldo Rayol vendeu mais de um milhão de cópias, gravado no ano de 1996, para a novela Rei do Gado da Rede Globo. Sucessos como “Cheiro de Shampoo”, “Chora Peito”, “Sou eu”, “Nova York” embalaram gerações e estão no repertório dos brasileiros.

A brasileiríssima Gal Costa traz para o Palco das Águas na noite de 27 de julho o show “Pele do futuro”. Ao longo das últimas cinco décadas, a voz de Gal Costa foi uma das mais importantes para traduzir diferentes momentos pelos quais o País atravessou. No final dos anos 1960/início dos das 1970, quando se tornou um símbolo daqueles que lutavam contra a ditadura militar. Aos 73 anos, a artista lançou no ano passado “A Pele do Futuro”, disco que reconhece a melancolia da atualidade, mas oferece uma resiliência esperançosa como antídoto.

“Eu encaro a passagem do tempo da melhor forma possível. Tenho a alma jovem, gosto de estar no palco, isso me traz mais vitalidade. Esse disco é mais um em que eu não tenho medo de ousar, de dar um salto na minha carreira, inovar. Isso me mantém viva. Além das músicas do disco, para o show eu escolhi alguns sucessos da minha carreira que se encaixassem com a sonoridade disco music do álbum. Escolhemos algumas canções e fizemos novos arranjos para haver uma unidade musical”, explica.

No repertório, ressalta-se a celebração, a alegria como forma de resistência. É um passeio pelas várias fases da carreira de Gal Costa e suas contribuições indeléveis para a música brasileira. Assim, ela entoa clássicos como Sua Estupidez (Roberto e Erasmo Carlos), Oração de Mãe Menininha (Dorival Caymmi), Festa do Interior (Moraes Moreira), Massa Real (Caetano Veloso) e uma versão de O Que é Que Há (Fábio Jr. e Sérgio Sá).

As canções de A Pele do Futuro também são destaques, como Viagem Passageira, composta por Gilberto Gil, Palavras no Corpo (Silva/Omar Salomão), Sublime (Dani Black) e Cuidando De Longe (Marília Mendonça).

“Eu estou sempre atenta aos novos artistas, a parcerias com vozes e estilos diferentes. Posso me dar ao luxo de fazer qualquer coisa. Comecei minha carreira bem João Gilbertiana, influenciada pela bossa nova, passei pelos anos 60, pelo Tropicalismo. Já fiz música experimental, rock, já fiz clássicos. Meu temperamento é esse, de não ter preconceito com nenhum tipo de música ou estilo. Pretendo ainda muitas coisas, mas outras coisas entraram no caminho, vamos ver como fica”, ressalta.

O músico Lenine encerra a programação nacional com o show “Em trânsito”, no último dia do Festival, 28 de julho. Em Trânsito é uma ode ao processo. Não à toa, subverte a ordem que se impôs (disco de estúdio / show / disco ao vivo).


Lenine encerra os shows nacionais

O resultado é um repertório de canções que soam novas – sejam elas inéditas ou não. Além de perene, o processo é coletivo: o Lenine de Castanho, canção em parceria com Carlos Posada, não chegou sozinho. Ao mostrar as canções inéditas (como Bicho Saudade, em parceria com João Cavalcanti) para a banda, o violão foi dispensado. 

Melodias e letras, cruas, para que os resultados fossem decifrados em conjunto com Jr. Tostoi, Guila, Pantico Rocha e Bruno Giorgi. Bruno ainda assina a direção musical, sendo mola essencial dessa engrenagem-organismo. A assinatura da banda é clarividente, consequência da intimidade conquistada por muitos anos de labuta criativa.

O Festival de Inverno de Bonito 2019 também vai trazer para o palco do Centro de Múltiplo Uso (CMU) duas atrações nacionais: a cantora Karina Buhr, no dia 26 de julho, e BNegão e os Seletores de Frequência, no dia 27.

Performática, Karina com as pernas de fora, Karina de cabelo amarelo, Karina enrolando o cabo do microfone no pescoço, Karina se desconstruindo, ela dessacraliza o papel da mulher, no palco ou fora dele. Isso de ser comportada e quietinha nunca foi a dela.


Karina Buhr canta no dia 26

O show Selvática é coerente com essa trajetória. Temática e musicalmente. Não por acaso, Selvática vem da Bíblia. Justamente na passagem da serpente que oferece o fruto proibido, do nascimento do tal pecado original, da culpa da mulher. Karina canta o incômodo, canta o inconformismo. E não economiza no peso, os temas são fortes como é forte a levada, o heavy metal, o punk rock que acompanha a mensagem. 

No dia 27 de julho, Bernardo Santos, mais conhecido como BNegão, ex-vocalista do Planet Jemp, vem com sua banda os Seletores de Frequência ao palco do CMU, em Bonito.  O grupo lançou três CDs: “Enxugando o Gelo”, “Sintoniza Lá” e “TransmutAção”. As faixas do primeiro álbum, “Nova Visão”, “Enxugando Gelo” e a conhecida “A Verdadeira Dança do Patinho”, fazem críticas ao governo brasileiro.

Após nove anos sem lançar material inédito BNegão & os Seletores de Frequência lançaram em 2012 “Sintoniza Lá”, com onze faixas que trazem influências de diversos estilos como reggae, rock e o funk, sendo premiado no VMB MTV 2012 como melhor álbum do ano.[

No dia 12 de agosto de 2012 participou do encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres, homenageando o cantor e compositor olindense Chico Science.

Em 2015, BNegão & Seletores de Frequência lançaram o disco “TransmutAção”, aclamado pela crítica nacional. E em 2018 a banda celebra 15 anos do “Enxugando Gelo” com uma turnê por todo o Brasil. A banda está em um momento de “disparar” suas novas visões e sonoridades em mais um capítulo da sua história dentro da música negra universal. O crossover de funk com rap (característica intrínseca ao trabalho de BNegão & Seletores de Frequência) está em “No Momento (100%)” e em “Mundo Tela”, os candidatos a hit do último álbum.

Todos estes artistas estarão presentes este ano no XX Festival de Inverno de Bonito, que acontece de 25 a 28 de julho! Será uma grande celebração da cultura e da cidadania brasileira.

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