Com exposições de artesanato, degustação de comidas típicas e apresentações culturais, alunos e professores da EMEI Tia Eva deram início esta semana às festividades do centenário da festa em louvor ao padroeiro da comunidade, São Benedito, na qual a escola está inserida.
Durante a semana, os alunos participaram de rodas de conversa e atividades cívicas contextualizadas, que resgataram a história da comunidade Tia Eva. O resultado de todo esse aprendizado pode ser conferido na tarde desta sexta-feira (17), durante evento que contou com a presença do prefeito Marquinhos Trad e reuniu lideranças da comunidade e familiares.
Logo na entrada era possível conferir um painel de fotos legendadas que contavam a história da comunidade, além de maquete e releitura da Igrejinha. Também estavam expostos utensílios domésticos antigos e artesanato produzido pelos alunos.
De acordo com a diretora da unidade, que conta com 75 crianças, Cleidevana Maria Chagas, esta foi a primeira etapa do projeto “A comunidade sob o olhar da criança”, que ao longo do ano irão resgatar as histórias e tradições de tia Eva e seus descendentes, que deram origem a comunidade, em 1910.
.Apesar de a maioria dos alunos ser descendente de Eva Maria de Jesus, fundadora da comunidade, a escola também recebe crianças de bairros próximos, por isso a diretora acredita na importância de trabalhar a história local para difundir a cultura daqueles que deram origem a comunidade.
“Entendemos que essa especificidade, de estarmos dentro da comunidade, nos torna responsáveis, por meio deste projeto, de contribuir com o vivenciar de experiências, de promover pesquisas que dialoguem com a realidade local, com o processo de formação, difusão e preservação da história dos descendentes de Tia Eva”, ressaltou a diretora.
O presidente da Associação dos Descendentes da Tia Eva, Eurides Antônio da Silva, diz ser um orgulho festejar o centenário na unidade escolar. “É um resgate daquilo que a Tia Eva nos deixou. Educação é tudo, sempre foi uma luta dela e aqui na escola existe um belo trabalho cultural, por isso hoje nosso sentimento é de agradecimento”, frisou.
Pela primeira vez prestigiando os festejos na EMEI, a copeira, Tainara Prazeres, mãe de Nicole, de 4 anos, diz que o resgate da história da comunidade incentiva o respeito entre os alunos. “Minha filha já sabe até a jogar capoeira. Ela se desenvolveu muito aqui e eu acho ótimo esse trabalho de valorização”, afirmou.
A professora Shirley Maslun, técnica da Divisão de Educação e Diversidade da Rede Municipal de Ensino (Reme), enfatiza que eventos como os realizados na EMEI Tia Eva, são importantes para a preservação da cultura da população negra. “É de suma importância social esse resgate e para que os professores tenham conhecimento sobre como desenvolver esse trabalho, nós fazemos capacitações para esclarecer sobre a lei nº10639 que trata da inclusão no currículo dessa temática, além de oferecer aos profissionais, material didático”, explicou.
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