Rede Solidária: Programa com viés materno transforma histórias de mães

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Afinal, o que é ser mãe? Segundo o dicionário Aurélio é “aquela que gerou, deu à luz ou criou um ou mais filhos; aquela que oferece cuidado, proteção, carinho ou assistência a quem precisa; o que há de mais importante e a partir do qual os demais se originaram”. É claro que tem muitos outros significados e para quem é mãe – de verdade – uma só expressão resume: é aquela que ama incondicionalmente.

Com isso todas concordam. Ser mãe de verdade é amar sem limite, irrestritamente, que não está suscetível às condições ou circunstâncias externas e que se responsabiliza por alguém.


O chamego entre mãe e filha denuncia a cumplicidade de Marcilene e Sarah 

OUm exemplo que se encaixa nas definições acima é a educadora social, Marcilene da Costa Correa, 39 anos, dos quais há dois trabalha no Rede Solidária e é mãe da Sarah Maria e da Maria Sofia, de 7 e 3 anos respectivamente.

“Minha infância não foi fácil, eu não tive uma boa mãe, uma mãe de verdade, e quando adolescente me questionava: ‘Será que também vou ser assim?’ Mas foi só a Sarah nascer que aprendi que ser mãe é dar o melhor que somos, que temos; é uma dádiva de Deus, é a coisa mais linda da vida. Por mais sofrimento, ausência que passei na infância, minhas filhas me mostraram que podemos escrever uma nova história no livro da vida, onde o papel mais importante é ser mãe”.



Sarah (ao fundo) com os amiguinhos do Rede Solidária

SEnquanto trabalhava, a filha Sarah participava de uma das oficinas oferecidas pelo Rede Solidária e, tímida, preferiu continuar brincando com os amiguinhos do que falar sobre a mãe. Mas o amor que sente por Marcilene é visível só de perceber os olhinhos brilharem. Sobre o Projeto, Marcilene disse que só acrescentou na vida da filha e, consequentemente, na família. “O Rede Solidária melhorou a coordenação motora, equilíbrio, interação, socialização e eu só tenho a agradecer pelos benefícios oferecidos para que minha filha cresça com uma formação melhor do que poderíamos proporcionar”.

Outra mãe que só de falar das filhas transborda de amor e os olhos ficam marejados é Pryscielli dos Santos Costa (29), que já no início da conversa disse: “tenho duas filhas, uma da barriga e outra do coração. Elas são tudo para mim, me dedico, me sinto melhor depois que elas apareceram na minha vida. A Michelle é fruto do meu primeiro casamento e a Renata é filha do meu segundo marido. Mas o amor no meu coração é igual para as duas”.


Pryscielli dos Santos é mãe “de barriga e também de coração”

Pryscielli dos Santos é mãe “de barriga e também de coração”

Além das duas filhas que também participam do Rede Solidária em diversas oficinas, Pryscielli acaba sendo “mãe” de mais 296 crianças matriculadas no Projeto que, de segunda a sexta-feira, se alimentam com as refeições preparadas por ela com muito amor na unidade Dom Antônio Barbosa. “Eu me sinto um pouco mãe deles. Tem criança que entra na cozinha só para agradecer pela comida que fiz, às vezes, me encontram na rua e já perguntam: “o que vai ter de gostoso hoje?” Aqui a gente acaba dividindo, escutando e cuidando deles como filhos”.

Michele e Renata estavam estudando na escola, no momento da conversa com Pryscielli e, por isso, não tiveram a oportunidade de presenciar o relato de o quanto são importantes e fundamentais na vida dessa mulher que trabalha se dedicando a cuidar de tantas outras crianças que frequentam o Rede Solidária.


Diretora da Unidade I, Cristina Meza, vê a perseverança e a resistência como ferramentas para a luta diária

Diretora da Unidade I, Cristina Meza, vê a perseverança e a resistência como ferramentas para a luta diária

Outra mulher forte que está à frente de uma equipe formada por 50 pessoas é a assistente social e diretora da Unidade I, Maria Cristina Meza de Queiroz; por tantos aprendizados em sua profissão, ela deixa um recado para as mães: “nós nos deparamos com situações de abandono, violência, falta de diálogo, mas eu sempre falo para elas, para não desistirem, para perseverarem, que nós conseguimos realizar nossos sonhos; porque sempre há uma porta, uma esperança, alguém de boa vontade para mostrar um caminho novo, um caminho melhor”.

O Governo do Estado deseja que este e todos os dias sejam em homenagem a essas mulheres que lutam e acreditam em um futuro melhor, cuidando de cada criança com o melhor que o ser humano pode oferecer: amor.

Karla Tatiane – Subsecretaria de Comunicação (Subcom)

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