Até a próxima quarta-feira (10), servidores da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (SESAU) estarão reunidos com profissionais do Projeto ArboAlvo, liderado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pelo Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc), discutindo ações de enfrentamento às arboviroses, que são as doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre amarela.
O encontro teve início na manhã de ontem (08), com a apresentação e discussão da proposta metodológica desenvolvida pelo projeto, onde na ocasião a superintende de Vigilância em Saúde da SESAU, Veruska Lahdo, destacou a importância da parceria no desenvolvimento de estratégias mais eficazes no enfrentamento das doenças causadas, em especial, pelo mosquito Aedes aegypti.
“Desta forma temos condições mais favoráveis para atuarmos de maneira mais objetiva e técnica, otimizando recursos e tornando as ações mais resolutivas”, completou.
A pesquisadora e coordenadora do Projeto Arbo Alvo, Nildimar Honório, do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC/Fiocruz, reforça que a iniciativa busca o desenvolvimento de uma metodologia para estratificação do território em áreas de risco de transmissão dos vírus dengue, zika e chikungunya, com base em parâmetros epidemiológicos, entomológicos, ambientais e sociodemográficos em cidades endêmicas para essas arboviroses
“A proposta é dar subsídios para que os municípios possam trabalhar com as informações obtidas através deste trabalho de estratificação e que as ações ser conduzidas com base nos pontos mais críticos”, disse.
Para o estudo, além de Campo Grande, foram selecionadas outras três capitais: Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Natal (RN).
Projeto ArboAlvo
A iniciativa é fruto de demanda da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) e integra a rede internacional de pesquisa Dentarget, composta por cientistas, profissionais e gestores de diferentes países que se dedicam à busca por métodos alternativos para a prevenção e o controle da dengue e outras arboviroses, em especial na América Latina.
O Projeto ArboAlvo é financiado pelo Ministério da Saúde e conta com a participação de pesquisadores do IOC, Procc, Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Instituto René Rachou (Fiocruz Minas), da UFRJ e de profissionais dos quatro municípios envolvidos no projeto. Os pesquisadores Paulo Chagastelles Sabroza, da Ensp/Fiocruz, e Christovam Barcellos, do Icict/Fiocruz, atuam como consultores científicos do projeto. A estratégia prevê, ainda, o desenvolvimento de ações de educação, informação e comunicação que ampliem a formação de profissionais de saúde para o direcionamento de ações de controle mais efetivas.
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