Após passar anos desempregado, Denílson viu a sorte mudar quando decidiu fazer um curso de eletricista há um ano. Com 46 anos, ele já tinha trabalhado outras vezes no mesmo ramo, mas apenas como ajudante. Hoje, com o certificado de eletricista, o salário dobrou e emprego não falta mais – garante ele. Indígena da etnia Terena, Denílson diz que as conquistas só aconteceram graças ao programa Rede Solidária que oferece assistência social às comunidades carentes da Capital.
Cursos profissionalizantes, em parceria com outras instituições, e geração alternativa de renda são algumas das ações gratuitas oferecidas pelo Programa Rede Solidária, criado em 2015 pelo Governo do Estado.
Denílson foi um dos 3,6 mil alunos que concluiu curso profissionalizante no Projeto Rede Solidária.
“Eu estava há muitos e muitos anos desempregado. Fazia uns bicos, mas não dava para ganhar muita coisa”, disse Denílson Pires, pai de três filhos. O curso levou aos alunos o que tinha de mais moderno no mercado: “O curso foi muito bom mesmo. Aprendi muita coisa. O professor também era excelente e ensinou a elétrica e também sobre segurança” lembra.
Em frente ao local de trabalho, em um condomínio de casas de luxo na Capital, o eletricista fala das ambições para o futuro, quando o contrato de cinco anos com a empresa construtora chegar ao fim. “Meu contrato aqui é de cinco anos. Quando eu sair daqui quero fazer o curso de eletrotécnica. Um dia ainda quero ter minha firma, minha empresa”, conta.
Depois do curso, até o descanso do fim de semana ficou comprometido, já que os serviços de autônomos começaram a surgir com frequência. “Hoje em dia, eu trabalho no sábado e domingo. Sábado agora, quando eu ia dormir um pouco a tarde, apareceu um serviço e eu fui, claro”, diz satisfeito.
A vontade de crescer é tão grande que Denílson, cursando o 1° ano do Ensino Médio, já pensa em fazer outros cursos técnicos como o de automação residencial. “É um curso onde se aprende a instalação e manutenção de sistemas de controle via satélite. A pessoa pode ligar a luz ou água pelo celular, estando muito longe dali”, explicou entusiasmado.
Rede Solidária
O Programa Rede Solidária promove o desenvolvimento das pessoas por meio da educação, cultura, esporte, lazer e serviços de proteção social e formação profissional. Diversas ações são desenvolvidas por meio de 33 projetos, divididos em sete módulos:
Módulo I- Educação, Cultura e Esporte;
Modulo II- Escola da Família;
Módulo III- Saúde e Prevenção;
Módulo IV- Segurança Cidadã;
Módulo V- Rede de Parceiros e Voluntários
Módulo VI- Geração de Trabalho e Renda
Módulo VII- Horta Orgânica Comunitária.
A primeira unidade do Programa Rede Solidária foi inaugurada em 2015, no bairro Dom Antônio Barbosa, na favela Cidade de Deus. A segunda unidade esta instalada no bairro Noroeste. O program social, criado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Direitos Humanos , Assistência Social e Trabalho (Sedhast), beneficiou, entre 2015 e 2018, mais de 13 mil famílias.
Já passaram pelos cursos profissionalizantes do Rede Solidária mais de 3,6 mil pessoas nos últimos anos. Entre os cursos oferecidos estão assistente administrativo, modelista de roupas, operador de computador, eletricista, padeiro, panificação, customização, artesanato e informática.
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