A força-tarefa de combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – realizada neste fim de semana na região do Jardim Centro-Oeste, recolheu mais de 1 tonelada de materiais inservíveis de pequeno e grande volume, potenciais criadouros do mosquito. Mais de 50 agentes estiveram mobilizados durante o sábado e domingo e mesmo com as condições climáticas desfavoráveis, o saldo foi positivo.
De acordo com o balanço da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), durante os dois dias foram inspecionados 1.612 imóveis nos bairros Macaúbas e Paulo Coelho Machado. Nestes locais, foram encontrados 96 focos e eliminados 2.150 depósitos; 992 imóveis estavam fechados.
O volume de materiais inservíveis de grande volume, como televisores, móveis, além de pneus, foi bastante significativo, principalmente em terrenos e até mesmo em vias públicas.
A região do Centro-Oeste apresenta alto índice de notificação de dengue, ficando abaixo apenas do Bairro Jardim Noroeste, com incidência de 1645 casos.
Durante a semana, os agentes mantêm o trabalho de rotina intensificado, fazendo vistoriais em imóveis e terrenos baldios, com suporte do fumacê, que foi reforçado de três para nove equipes atuando diariamente nos bairros com maior notificação das doenças.
Dados epidemiológicos
De janeiro até o dia 1º de março, foram notificados 7.530 casos de dengue no Município, sendo 915 confirmados. Somente no mês de fevereiro, foram registrados 4.514 casos notificados da doença, uma média de mais de 160 notificações por dia. Até o momento, um caso de óbito já foi confirmado e um segundo segue em investigação.
Situação de emergência
Nesta sexta-feira, a Prefeitura de Campo Grande publicou o decreto que coloca o Município em situação de emergência por conta do aumento no número de casos de dengue.
O decreto dá, entre outras coisas, autonomia para que o Município defina as prioridades em relação a compra de insumos e medicamentos, além de reforço de profissionais nas unidades de saúde.
O município deve encaminhar até a próxima semana um Plano Operativo ao Governo Federal que vai deliberar sobre um aumento no aporte financeiro para custear as ações que estão sendo intensificadas, bem como o pagamento de pessoal, insumos, medicamentos e eventuais necessidades de contratação de leitos hospitalares.