Estado investe R$ 5,5 milhões em obra para garantir tráfego e segurança na MS-339

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Trafegar pela Serra das Três Cruzes, na MS-339, em Bodoquena, deixará de ser um risco em potencial para os motoristas, devido ao estreito da rodovia, comprimida pelos paredões rochosos, e acúmulo de pedras na pista de terra. O Governo do Estado executa obra de implantação e pavimentação do trecho mais crítico – 1.580 metros -, cuja intervenção facilitará o escoamento da produção agrícola e acesso aos atrativos turísticos da região.

“Acidentes ocorriam com frequência, a Serra sempre foi um desafio para os caminhoneiros e moradores”, conta o presidente do Sindicato Rural de Miranda e Bodoquena, Massao Ohata. “É uma obra que trará grandes benefícios para a região, além da segurança dos usuários da estrada. O novo acesso vai atender grandes produtores de soja e milho, o turismo e também uma parcela significativa de assentamentos”, acrescenta o dirigente ruralista.

Vencer a Serra das Três Cruzes era o maior gargalo de uma região em franca expansão do agronegócio e turismo de lazer. Segundo a prefeitura de Bodoquena, os mananciais de água cristalina têm atraído muitos empreendimentos no entorno da morraria. A MS-339 é também importante via de ligação de dois ecossistemas – Pantanal e Bodoquena – e chega ao distrito de Morraria do Sul, na divisa de Bodoquena com Porto Murtinho (MS-185 e MS-382).

Obra exige detonação

O trecho em obras compreende o trevo da MS-339 com a MS-178 (que finaliza em uma indústria de calcário) até a descida da Serra, onde se avista um grande vale com predomínio de lavoura e pecuária. As condições naturais da estrada – íngreme e estreita, com curvas e ribanceiras – prejudicavam o escoamento da produção e o ir e vir das pessoas. “Caminhão aqui só passava puxado com trator”, lembra o caminhoneiro José Inácio, de 75 anos, freteiro.

A movimentação de máquinas e operário mudou o cenário do trecho crítico e acidentado, melhorando acentuadamente as condições de tráfego, mesmo ainda em condições primárias da rodovia. A pista foi alargada com faixa de escape, suavizando as curvas, com serviços complementares de drenagem de águas pluviais. A obra orçada em R$ 5,5 milhões – recursos do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário (Fundersul) – exige corte radical da morraria e do solo rochoso com o uso de explosivos.

Segundo o encarregado da empreiteira que executa a complexa obra, Lourival Jorge, a etapa de escavações e detonações está em processo de finalização. A conclusão do serviço depende da relocação da rede de energia elétrica, cuja solicitação já foi feita pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) à Energisa. Em seguida, será iniciado o processo de pavimentação asfáltica de 1.574 metros, com previsão de entrega da obra em 60 dias.

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