Projeto financiado pelo fmic leva história musical de MS a 2 mil alunos da REME

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Mostrar aos alunos de oito escolas do campo da Reme (Rede Municipal de Ensino) o legado de músicos sul-mato-grossenses e a trilha sonora que ajudou a consolidar nossa cultura é o objetivo do projeto “Trajetória da Música Sul-Mato-Grossense”, que chega às unidades por meio dos músicos Jerry Espíndola e Rodrigo Teixeira.

As primeiras apresentações tiveram início esta semana nas escolas Governador Arnaldo Estevão de Figueiredo e José do Patrocínio e também contaram com a presença dos músicos Ju Souco e Deise e Renan Nonato.

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O trabalho dos artistas esta entre as 44 propostas culturais financiadas pelos editais FMIC (Fundo Municipal de Incentivo à Cultura) e Fomteatro (Programa Municipal de Fomento ao Teatro) no ano passado. Parte deles já recebeu aporte financeiro e começa a sair do papel.

De acordo com Jerry a ideia do projeto que percorre as instituições de ensino é despertar o interesse das crianças e jovens pelos artistas do Estado, além de formar um público para a música regional.

“Estou feliz porque já passamos pelas escolas estaduais e agora temos a oportunidade de fazer os shows nas unidades do município por meio do FMIC (Fundo Municipal de Incentivo à Cultura). É um resgate da nossa história e uma maneira de levar essas canções às crianças que não viveram as décadas passadas”, ressaltou Jerry.

No total, dois mil alunos entrarão no ritmo musical sul-mato-grossense por meio da iniciativa dos cantores. Durante 40 minutos de show os artistas exploram o rico repertório da música de nosso Estado, acompanhados por violão, sanfona e percussão.

Contudo, antes de conferirem o show, os alunos aprendem sobre a trajetória dos músicos e das canções que compõem a trilha musical do Estado, como “Trem do Pantanal” (Geraldo Roca e Paulo Simões), “Tocando em Frente, (Almir Sater e Renato Teixeira) “Vida Cigana” (Geraldo Espíndola) e “o Sol e a Lua” (Délio e Delinha). Canções mais atuais também não foram esquecidas, como “Meu Carnaval” (Filho dos Livres), “Chora me Liga” (João Bosco e Vinícius e “Agradece” (Marina Peralta).

Durante a apresentação, o grupo fala de forma clara e direta sobre todas as gerações da música sul-mato-grossense e passeiam por várias vertentes como o sertanejo, MPB e rock.

Para a aluna Ester Macedo, 16, do 3º ano da escola Governador Arnaldo Estevão de Figueiredo, o show retratou bem a diversidade musical de Mato Grosso do Sul. “Gostei bastante porque amplia nosso conhecimento sobre música.  Com certeza, mostra além do que conhecemos. Sou fã da música Trem do Pantanal”, disse.

Na opinião da chefe da Divisão de Educação e Diversidade da Reme (Rede Municipal de Ensino), Magali Luzio, trabalhar a cultura regional também é função da escola.

“É importante despertar o interesse pela música típica de nosso Estado, que é um patrimônio imaterial. Só aqui ouvimos ritmos como a polca paraguaia e as modas de viola que retratam a vida do pantaneiro”, ressaltou.

Quanto a questão pedagógica, Magali lembra que as canções podem ser trabalhadas de forma interdisciplinar, explorando a geografia e história de Mato Grosso do Sul.

Para a secretária-adjunta e superintendente de Cultura da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), Laura Miranda, ver o resultado de um projeto financiado por recursos municipais traz à tona a importância de valorizar as propostas que nascem no meio artístico de Campo Grande.

“Este é o nosso papel, enquanto Poder Público, de incentivar e estar à disposição dos artistas para dar mais vez e valor à cultura regional”, comenta.

Os editais FMIC e Fomteatro destinaram R$ 4 milhões no ano passado para propostas teatrais, musicais, de audiovisual, literatura, dança, circo, fotografia, moda e design, capoeira, patrimônio cultural e cultura popular.

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