Governo federal deve liberar R$ 190 milhões para saúde em Minas Gerais

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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o secretário de Saúde de Minas Gerais, José Farah, falam sobre a tragédia em Brumadinho.

O governo Federal se comprometeu a permitir um acréscimo de recursos ao governo de Minas Gerais de cerca de R$ 190 milhões neste ano. A demanda e os acertos foram discutidos em reunião entre o secretário em exercício de Minas, José Farah Júnior, com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. No encontro, o governo de Minas Gerais pediu ao governo federal apoio às políticas de saúde no estado e ao atendimento às vítimas da tragédia de Brumadinho.

“São situações que não tinham sido solicitadas anteriormente e que são serviços que já acontecem e têm que ser homologados. Isso já vai dar uma ajuda”, explicou Mandetta.

O secretário Farah Júnior afirmou que o estado está com problemas financeiros e que a verba adicional será necessária. “Estamos com dificuldade de caixa. Viemos aqui pedir ajuda do governo federal para tentar equilibrar as contas, estamos com questões com fornecedores, na aquisição de medicamentos”.

O ministro da Saúde informou que além do montante adicional, a equipe da pasta estuda formas de antecipar parcelas, em vez do pagamento parcelado mês a mês. Seria uma forma de injeção adicional no início do ano.

Vacinas e medicamentos

O encontro estava agendado antes do rompimento da barragem da Vale, e foi aproveitado para tratar do tema. Na conversa, os integrantes da secretaria estadual solicitaram apoio com um lote adicional de vacinas para além da reserva já disponível, em quantidade ainda a ser avaliada. Também foi requerido auxílio em medidas operacionais, como na compra de medicamentos, uma vez que a administração estadual está tendo dificuldade na aquisição em razão dos atrasos no pagamento de fornecedores.

Após o encontro, Farah Júnior informou que as equipes e as unidades de saúde estaduais já estão dando conta de atender os feridos. Em razão da magnitude da tragédia, que deixou muitas vítimas fatais e não tantos feridos. “O grande problema são as vítimas ainda embaixo da lama”, destacou.

Mas há preocupação daqui para frente com o impacto do rompimento. O primeiro risco é o de contaminação em função do espraiamento dos rejeitos. Para além das vacinas, equipes de saúde da família serão mobilizadas para levar informações aos cidadãos de Brumadinho e região, como evitar tomar água de rios e poços artesianos próximos, bem como não ingerir peixes e alimentos que possam estar contaminados.

Saúde emocional

Outra frente destacada pelo secretário é o apoio em termos de saúde emocional aos sobreviventes, feridos e às famílias dos vitimados. Há necessidade de assistência psicológica para lidar com as perdas de entes queridos e eventuais tratamentos de processos como crises de pânico, depressão e quadros semelhantes decorrentes do sofrimento das pessoas envolvidas na tragédia.

Mandetta, informou que a pasta já havia disponibilizado uma equipe especializada em estresse pós-trauma, além de 150 leitos, kits de medicamento, caminhonetes e a Força de Saúde Nacional.

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