Alunos de escolas estaduais se destacam na redação do Enem e chegam perto da nota máxima

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Ser destaque em sala de aula não é fácil, mas estar em evidência quando o assunto é Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deve ser, no mínimo, gratificante para quem se dedicou com tanto ardor aos estudos. Entre os alunos da Rede Estadual de Ensino (REE) de  Mato Grosso do Sul que tiveram bom desempenho no exame de 2018, estão Lúcio e Luana, alunos que quase alcançaram a nota máxima (1 mil) na temida redação. Os 960 pontos alcançados por ambos foram motivo de orgulho da família e revelam o resultado de muitas horas de dedicação.

Além de ser considerada uma prova difícil pelos estudantes, o Enem provoca calafrios em muita gente por causa da redação. A gerente de Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino, Márcia Proesholdt, explica que justamente na redação é preciso se apropriar das técnicas e também do conhecimento; e que, por meio de ações e projetos, o Governo do Estado tem trabalhado rotineiramente para estimular alunos e professores no desenvolvimento da leitura e técnica. 

“A redação flui em dois sentidos, na parte técnica do texto, na apropriação técnica; e também na questão do conhecimento, saber o que argumentar e interpretar. O estímulo à leitura é feito em sala de aula e fora dela. E tudo é feito de forma integrada”, disse Márcia. O Governo do Estado tem se comprometido com o ensino de qualidade e com aplicação de recursos na educação. Além de todo trabalho desenvolvido por professores nas escolas, o Executivo desenvolve programas que estimulam o conhecimento e dão acesso ao ensino superior.

Exemplos


Luana Santela da Silva, de Campo Grande – Foto: arquivo pessoal

Luana Santela da Silva, de Campo Grande – Foto: arquivo pessoal

Foram meses exclusivos de preparação para que Luana Santela da Silva, 18 anos, obtivesse um resultado satisfatório na prova. Moradora de Campo Grande e estudante da Escola Estadual Coração de Maria, ela confessa que seu objetivo maior era caprichar na redação e que assim pudesse conquistar o que de fato se tornou realidade: uma boa nota que lhe dará chances de ingressar na universidade.  “Na redação eu obtive, em comparação com as outras disciplinas, um desempenho muito melhor. Foi uma diferença disparada. Agora é aguardar a nota de corte do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) ”, revelou.

Focada na redação ela reservava grande parte do dia para produção de textos. “Eu optei por fazer um cursinho preparatório nos últimos meses antes do exame. Então, além da escola no período da manhã, eu fazia aulas das 15h às 18h, e a noite eu ainda ficava tirando dúvidas. Eu fazia, em média, 12 textos por semana”, conta Luana.

Segundo a jovem, que pretende cursar odontologia, a base educacional que recebeu nas escolas públicas por onde passou fizeram diferença no gabarito. “Com certeza o ensino público que eu tive fez a diferença. Em matemática, por exemplo, o resultado foi além do esperado”, disse.


Lúcio César Benites Borges, estudante de Maracaju – Foto: arquivo pessoal

Estudioso e dedicado, Lúcio César Benites Borges, 18 anos, também obteve 960 pontos na redação do Enem, mas mesmo antes disso já era orgulho da família. O jovem, morador de Maracaju, concluiu os estudos na Escola Estadual Lima de Figueiredo, mas durante muitos anos morou em Fortaleza, onde sempre estudou em escolas públicas. “Todo e qualquer conhecimento adquirido é importante”, ressalta ele sobre o pouco tempo que esteve na escola Lima Figueiredo.  “Ele sempre foi destaque, aluno nota dez”, disse o pai do estudante, Luiz César Borges.

Investimento

Desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação (SED), o “Projeto Protagonista On-line ” dá aos estudantes do terceiro ano do ensino médio da Rede Estadual de Ensino a oportunidade de potencializar os estudos e ter acesso ao ensino superior, como explicou Marcia. Segundo ela, outras ações como essa melhoram o desempenho dos estudantes. 

“São muitas ações de incentivo. Tivemos um concurso de redação, promovido pela Fundação Manoel de Barros, com a temática “Um passeio com Manoel”, que deu aos primeiros colocados  uma bolsa de estudos na Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal). (Uniderp) Apenas estudantes do terceiro ano da rede estadual, matriculados em Campo Grande, puderam participar”, disse.

O Estado participa ainda de projetos como o “Parlamento Jovem Sul-Mato-Grossense”, “Parlamento Jovem Brasileiro”, “Programa Jovem Senador”, Parlamento Jovem Mercosul, entre outros. 

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