Técnicos de programa da USP fazem estudo para uso correto do solo da região de Bonito

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Os engenheiros agrônomos Murilo Olyntho Machado e Gustavo Casoni da Rocha, que trabalham em programa de conservação de solo desenvolvido pela Esalq, a famosa Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da USP (Universidade de São Paulo), estiveram na região de Bonito nesta semana fazendo análises com a finalidade de elaborar um diagnóstico do solo que permita o desenvolvimento sustentável da agropecuária, sem comprometer os recursos naturais existentes. Eles fizeram imagens com drones, conversaram com técnicos e produtores da região e retornaram a São Paulo, com o compromisso de o mais breve possível emitirem um laudo técnico com as observações pertinentes para o caso em análise.

O superintendente de Meio Ambiente e Agricultura da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Rogério Beretta, o coordenador de Agricultura, Fernando Nascimento, e o técnico da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), engenheiro agrônomo Paulo Sérgio Gimenes, acompanharam os técnicos na visita.

Beretta explicou que os técnicos da Esalq foram chamados porque têm larga experiência em programas de conservação de solo no Estado de São Paulo, com pesquisas coordenadas pela USP e de comprovada eficácia. “Diante da problemática surgida pelo deslocamento de sedimentos que acabaram poluindo os rios de Bonito e Jardim, sobretudo o Formoso e o Rio da Prata, o Governo do Estado vem trabalhando em várias frentes e com medidas de curto, médio e longo prazos para dar uma resposta satisfatória à população”, disse.

As primeiras intervenções foram feitas pela Agência Estadual de Empreendimentos (Agesul) na manutenção de estradas da região, construindo barreiras chamadas “bigodes”, que servem para quebrar a velocidade e direcionar as águas pluviais para bacias de contenção. Concomitantemente, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) notificou produtores de soja das imediações para que construíssem curvas de níveis nas lavouras. Também foram aplicadas multas pela não conservação adequada do solo.

As informações emitidas pelos técnicos da Esalq vão subsidiar, ainda, a elaboração de um decreto que será publicado em breve, conforme afirmou o secretário Jaime Verruck, da Semagro. Esse decreto trará a normatização do uso do solo na região de Jardim e Bonito para cada atividade econômica, tendo o objetivo de garantir o desenvolvimento sustentável.

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