CEINF resgata cultura indígena e africana em apresentação para alunos

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O resgate das culturas indígenas de Mato Grosso do Sul e africana marcaram as apresentações na manhã desta quinta-feira (22) dos projetos “Narrativas indígenas de Mato Grosso do Sul” e “Memórias da história e cultura afro-brasileira”, desenvolvidos no Ceinf Antônio Mário Gonçalves da Silva, localizado no bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo.

Com danças, objetos típicos e roda de capoeira, o evento que reuniu os alunos da unidade infantil e toda a comunidade escolar, pais e convidados, teve como seu objetivo de mostrar para as 96 crianças da unidade, as características das duas culturas, suas diversidades, como a arte, dança, culinária e brincadeiras.

Na cultura indígena, a equipe do Ceinf mostrou como os indígenas viviam na região, na época do desbravamento e já na cultura afro foi contado como os negros chegaram ao país, abordando temas como a escravidão e como eles viviam. O foco do projeto foi mostrar as etnias do Estado, como a Terena, Guarani, Ofaié, Guató, entre outras. As crianças aprenderam sobre os costumes indígenas e como eles vivem hoje nas cidades, além de destacar a extinção de algumas etnias.

Outros pontos da cultura negra também foram apresentados como as danças, desenhos e culinária. Para as crianças foi apresentado um grupo de capoeira que realizou uma apresentação de maculelê, samba de roda e roda de capoeira.

De acordo com a coordenadora pedagógica do Ceinf, Jane Figueiredo, os trabalhos com os alunos contribuem com a formação de cidadão consciente. “O principal objetivo desses dois trabalhos foi mostrar para crianças a importância delas combaterem o preconceito e a discriminação. Temos que ensinar isso desde pequeno”, enfatizou.

A coordenadora mencionou ainda que essas atividades podem mostrar para as crianças que existem outras culturas e povos, outras raças, histórias e costumes diferentes de nosso país.

A educadora da escola de capoeira Roda de Bamba, Giulia Bernado, que esteve com seu grupo fazendo a apresentação no Ceinf, comentou sobre a importância de mostrar a cultura negra através da capoeira para os alunos. “Trabalhamos com a consciência negra. Tem muitas demandas para conversar sobre a importância de valorizarmos, conhecer a cultura e nossa ancestralidade. Tenho certeza que as crianças saem transformadas a partir da vivência com o projeto”.

Bruno Garcia, pai da aluna Alice Albuquerque Garcia, de três anos, prestigiou as apresentações das crianças. Ele acredita que as atividades pedagógicas de conscientização ajudam a formar pessoas mais conscientes e que respeitam as diferenças. “Achei bom que exista a interação da família com os colegas. Temos a questão do preconceito com o negro, por exemplo. Conforme esse assunto é desenvolvido, a criança vai crescendo sabendo que todos são iguais e todos, como ser humanos, merecem respeito”, afirmou.

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