Ficção científica com Jodie Foster e drama nacional sobre Tancredo Neves chegam aos cinemas

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Veja um resumo dos principais filmes que estreiam no país na quinta-feira:

“HOTEL ARTEMIS”

– O futuro nesta história, dirigida e roteirizada por Drew Pearce, não parece muito longe de nossos dias. Nele, as ruas de Los Angeles estão tomadas por distúrbios, decorrentes da escassez de água, e por tropas de choque de dedo mole no gatilho. No meio desse caos, um velho edifício em estilo art déco esconde uma organização secreta – o hotel Artemis, na verdade um hospital para criminosos, operado pela figura conhecida apenas como “a enfermeira” (Jodie Foster).

No meio do caos, esta é uma instituição que segue um código rígido – ali só entra quem é sócio e segue à risca as regras da casa, que obriga, por exemplo, que as armas sejam deixadas fora e todos sejam identificados apenas por apelidos. Em tempos conturbados, é de se imaginar que a lotação da casa esteja sempre esgotada, como é o caso.

A lista de pacientes no momento inclui dois irmãos assaltantes, Waikiki (Sterling K. Brown) e Honolulu (Brian Tyree Henry); uma matadora de aluguel francesa, Nice (Sofia Boutella); e um traficante, Acapulco (Charlie Day). Cada vez que a turma se encontra pelas salas e corredores do local, sai faísca – todo mundo tem pavio curto. E também uma agenda própria.

“O PACIENTE – O CASO TANCREDO NEVES”

– Sergio Rezende é um diretor adepto de temas e personagens históricos, como visto em “O Homem da Capa Preta” (1987), “Mauá – o Imperador e o Rei” (1999) e “Zuzu Angel” (2006). Sua última investida é “O Paciente – o caso Tancredo Neves”, que adapta livro de 2010 do pesquisador Luiz Mir para tratar dos acontecimentos que levaram à morte do presidente eleito Tancredo Neves (Othon Bastos), 33 anos atrás.

Amparado no livro, com roteiro de Gustavo Lipsztein, Rezende pinta em sua história um drama em que os médicos que trataram de Tancredo – identificados por seus verdadeiros nomes – são os vilões, já que se atribui a um erro de diagnóstico (apendicite aguda, quando se trataria apenas de um mioma), sucessivos equívocos fatais de procedimentos (uma sutura problemática na primeira cirurgia, que teria provocado uma grande hemorragia) e a uma insana guerra de vaidades a morte do presidente, que não tomou posse, falecendo após 39 dias de internação, em 21 de abril de 1985.

“O PREDADOR”

– Trinta e um anos depois de “O Predador” (1987), sucesso com Arnold Schwarzenegger, os personagens criados pela dupla Jim e John Thomas são atualizados numa nova ficção científica de ação com o mesmo nome.

Desta vez dirigida por Shane Black, a aventura futurista tem um novo herói guerreiro, o atirador de elite Quinn McKenna (Boyd Holbrook), que se torna herói anti-alienígena, aliás, por acaso. Ele cumpria uma missão de alto risco num sequestro em selvas mexicanas quando, de surpresa, testemunha a chegada de uma nave extraterrestre e tem um primeiro confronto com o temível alienígena, que gosta de caçar e tem sede de sangue humano.

Ter testemunhado o episódio, no entanto, coloca McKenna em maus lençóis, já que tudo o que o governo quer é manter a história em segredo. Por conta disso, ele é enviado para um hospital psiquiátrico para veteranos. Daí sai o time inusitado que dará combate ao alienígena – que está atrás de seus artefatos, que McKenna, secretamente, havia enviado pelo correio à sua própria casa. Isto coloca seu filho superdotado, Rory (Jacob Tremblay), tanto na mira do alien quanto na do serviço secreto e de uma outra empresa particular, liderada pelo ambíguo Traeger (Sterling K. Brown).

“O BANQUETE”

– Dirigido e roteirizado por Daniela Thomas, o filme reúne, no cenário único de um luxuoso apartamento, jornalistas, atrizes, o dono de uma revista, advogados, todos se degladiando acidamente num jogo de poder e vingança.

Único presente que não pertence a essa elite, Ted (Chay Suede) é o garçom contratado para servir um sofisticado jantar, sob o pretexto de comemorar os 10 anos do casamento do poderoso editor de uma revista, Mauro (Rodrigo Bolzan), e da famosa atriz Bia Moraes (Mariana Lima).

Os donos da casa são o casal formado pelo advogado Plínio (Caco Ciocler) e Nora (Drica Moraes), que é quem comanda o ritmo da festa. Nora chamou entre os convidados a crítica de arte Maria (Fabiana Gugli), um dos muitos casos do editor, o que tem potencial de criar uma saia justa. Completam o time de convivas outro colunista, Lucky (Gustavo Machado) e, mais tarde, Claudinha (Georgette Fadel), assistente inseparável de Bia, e uma misteriosa Cat Woman mascarada (Bruna Linzmeyer).

“LIMITES”

– A história é mais ou menos batida: pai ausente e filha adulta problemática se reencontram para uma viagem forçada e deverão acertar as contas com o passado. Mas a química entre Christopher Plummer e Vera Farmiga é tão certeira que os deslizes de “Limites” tornam-se até perdoáveis.

Laura (Vera) é divorciada e mãe de um adolescente (Lewis MacDougall) que não se adapta à escola. Há anos ela não vê seu pai, Jack (Plummer), e não atende suas ligações, até que precisa de dinheiro para matricular o filho numa escola particular. Quando finalmente conversa com o pai, descobre que ele foi expulso da casa de repouso. A saída é levá-lo até a casa da irmã (Kristen Schaal), fazendo a viagem de carro. Jack aproveita para entregar a seus “clientes” a maconha orgânica que cultivou e juntar o dinheiro para dar à filha.

Escrito e dirigido por Shana Feste, esse é um filme que usa sua previsibilidade a seu favor, especialmente porque conta com um elenco empenhado e carismático, que tambem inclui o veterano Peter Fonda, como um astro decadente.

 

1 COMENTÁRIO

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