O movimento de trabalhadores e máquinas é intenso numa das maiores obras da Prefeitura de Campo Grande em andamento, o último trecho do macroanel rodoviário, ligação de 24 quilômetros entre as saídas para Rochedo (MS-080) e de Cuiabá (BR-163). São pelo menos 70 trabalhadores mobilizados em várias frentes de serviço. Neste mês está planejada a pavimentação de um trecho de dois quilômetros, onde nos próximos dias fica pronta a base do futuro pavimento.
Às margens da MS-010 (saída para Rochedinho), por exemplo, o movimento dos caminhões e retroescavadeiras levanta uma nuvem vermelha de poeira. Não é para menos, a terraplanagem da rotatória projetada para o local exigirá uma movimentação de 4 mil metros cúbicos de aterro, material esse que encheria 350 caminhões basculantes.
A rotatória é a primeira das três planejadas para o trecho de 24 quilômetros da ligação entre as saídas de Rochedo (MS-080) e Cuiabá (BR-163). Dos 24 quilômetros de todo o traçado, 18 já estão concluídos.
Há equipes trabalhando também na implantação dos últimos 700 metros de pista que faltam para terminar o trecho do anel, entre as saídas para Rochedo e Rochedinho.
Estão sendo concluídas as negociações com os últimos seis proprietários, para desapropriação das faixas de áreas localizadas no trajeto projetado da rodovia. Também já foi solicitada a realocação de uma rede de energia elétrica existente no local.
Mais adiante do trecho asfaltado entre a MS-10 e a BR-163, já foi concluído o trabalho de terraplanagem, inclusive nas cabeceiras sobre os córregos Botas e Ceroula. Estão prontas duas obras de drenagem, que não estavam previstas no projeto original. Foram construídos dois colchões drenantes de 250 metros de extensão, estruturas feitas de pedra que servirão para escoamento da água por dois drenos laterais. Isto evitará que a água aflore, arrastando o aterro da pista.
Readequações
Para que a obra do macroanel fosse retomada, a Prefeitura resolveu várias pendências: prorrogou o convênio vencido em maio do ano passado; fez a reprogramação (com aval do DNIT) para incluir novas obras e terminar as últimas desapropriações que só no trecho afetará 46 propriedades.
O projeto passou por ajustes para contemplar a construção dos colchões drenantes, que não estavam previstos na proposta original. Também foi preciso alterar os projetos das rotatórias que foram mudadas, por exemplo, para se adequar a duplicação da MS-080. As alterações exigiram um aditivo de R$ 1.603.513,62 no convênio.
Com os aditivos (para atualização de planilhas que ficaram defasadas após quatro anos de paralisação) e reprogramação, para inclusão de novas obras, o macroanel fechará com um custo total de R$ 37 milhões. Já foram aplicados R$ 21 milhões e até a conclusão da obra serão investidos mais R$ 16 milhões. A projeção é de que a obra fique pronta em um ano.
O serviço foi interrompido há quatro anos, quando 87,30% da terraplanagem tinha sido concluída; 63,55% da pavimentação e 72,97% da drenagem, além de terem sido concluídas as duas pontes planejadas (sobre os córregos Botas e Ceroula). Entre a MS-080 (saída para Rochedo) e a MS-10 (saída para Rochedinho), 12 quilômetros estão prontos, falta asfaltar apenas 700 metros. O trecho seguinte, entre a MS-10 e BR-163, tem 2,5 quilômetros asfaltados e falta concluir seis quilômetros.
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