Mato Grosso do Sul reduz mortalidade infantil e avança seis posições no ranking dos Estados
De 2015 a 2017 o Estado passou da 16ª para a 10ª posição no ranking de mortalidade infantil. No ranking da Sustentabilidade Social, Mato Grosso do Sul avança para a 9ª posição
Campo Grande, MS – Ao contrário da estatística nacional, Mato Grosso do Sul reduziu os índices de mortalidade infantil e avançou seis posições no ranking dos Estados, entre os anos de 2015 e 2017. Segundo levantamento sobre Sustentabilidade Social divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), o Estado passou da 16ª para a 10ª posição. Já a taxa de mortalidade infantil no Brasil subiu 4,8% no período de 2015 a 2016, conforme relatório do Ministério da Saúde.
De acordo com demonstrativo do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP), em 2014, a taxa de mortalidade infantil em Mato Grosso do Sul era de 14,9. Em 2016, a taxa caiu para 11,50. Em 2017 houve nova queda, de 11,50 para 10,7, segundo o Departamento de Estatísticas do Sistema Único de Saúde (DataSus).
Essa redução no Estado é atribuída à universalização das ações de saneamento básico e o programa de prevenção ao zica vírus. O Estado ampliou o acesso à água tratada e à rede coletora de esgoto e o combate ao mosquito transmissor de zica se deu por meio de plano emergencial e ações permanentes de combate ao vetor.
Sobre o aumento do número de mortes de nascidos vivos até 1 ano de idade no País, o Ministério da Saúde explica que o indicador foi afetado pela redução de 5,3% na taxa de nascimento ocasionada pelo adiamento da gestação diante da epidemia de zika que colocou o Brasil em uma emergência sanitária entre novembro de 2015 e maio de 2017. Além disso, muitos bebês morreram em decorrência de malformação causada por infecção pelo vírus.
Ainda segundo o relatório, muitas das mortes infantis foram causadas por doenças que poderiam ter sido evitadas caso não tivesse ocorrido a perda de renda das famílias, estagnação de programas sociais e cortes na saúde pública, que prejudicaram serviços de saúde, como a vacinação.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) pediu, em nota pública, empenho das autoridades sanitárias no enfrentamento das reais causas para o aumento na taxa de mortalidade infantil do Brasil, notando que não se pode ignorar fatores como a baixa cobertura vacinal e o risco de ocorrências de doenças infectocontagiosas, como o sarampo, meningite, tuberculose e sífilis congênita.
Sustentabilidade Social – Quanto ao levantamento dos últimos três anos realizado pelo CLP (2015, 2016 e 2017), o Estado apresentou redução gradativa no pilar da Sustentabilidade Social, formado por um conjunto de 14 indicadores, entre eles o de mortalidade infantil. Mato Grosso do Sul obteve nota 70,0, o que classifica o Estado na 9ª posição. A média nacional é 51,0. No indicador de mortalidade infantil, foi atribuída nota 64,1, enquanto a média nacional é de 49,1.
Os avanços nos 14 indicadores do pilar da Sustentabilidade Social contribuíram, segundo o CLP, com a redução do índice de mortalidade infantil no Estado. No indicador da segurança alimentar, por exemplo, o Estado avançou quatro posições, passando da 7ª para a 3ª.
Em relação ao indicador de acesso à água tratada, item fundamental para combater a diarreia, uma das causas da mortandade de crianças de zero a cinco anos, Mato Grosso do Sul avançou três posições, passando da 10ª para a 7ª no ranking dos Estados. MS avançou ainda uma posição no indicador do acesso à rede coletora de esgoto, da 14ª para a 13ª posição, segundo o levantamento do CLP.
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