Ações do Projeto Rondon começam nesta sexta-feira

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Foto: Projeto Rondon

Ações do Projeto Rondon começam nesta sexta-feira em 13 municípios de Mato Grosso do Sul

Campo Grande (MS) – Mato Grosso do Sul receberá mais uma edição do Projeto Rondon, que começa nesta sexta-feira (6.7) em 13 cidades e segue até o dia 22 de julho. A operação denominada Pantanal terá a participação de 252 estudantes e professores voluntários de várias instituições de ensino superior do País, dentre as quais a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

O grupo chega a Campo Grande hoje, às 15h30, desembarca na Base Aérea, e se divide em equipes de 20 pessoas nos municípios de Bandeirantes, Bodoquena, Corguinho, Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Jaraguari, Ladário, Miranda, Nioaque, Rio Negro, Rio Verde, Rochedo e Terenos. Os alunos da Uems e da UFDG atuarão nas regiões de Bandeirantes, Corumbá e Ladário. A abertura da Operação ocorrerá no sábado (7.7), às 11h, na Uems.

Os termos de cooperação entre o Ministério da Defesa, Governo do Estado e prefeituras foram assinados em setembro, em solenidade no auditório da Governadoria. A Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov) e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) dão apoio ao transporte para a operação Pantanal nas viagens aos municípios selecionados.

Lição de cidadania

O Projeto Rondon foi criado em julho de 1967 com uma operação piloto, que contou com a participação de 30 alunos e dois professores da Universidade do Estado da Guanabara, hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Durante 28 dias os rondonistas realizaram trabalhos de levantamento, pesquisa e assistência médica no então território federal de Rondônia. A ação sofreu paralisação e foi retomada em 2005.

Segundo o diretor do Departamento de Ensino do Ministério da Defesa e coordenador geral do Projeto Rondon, brigadeiro de Infantaria Augusto Cesar Amaral, o projeto tem a intenção de levar lição de vida e de cidadania à população de regiões afastadas em que o poder público municipal não tem condições de atender pela estrutura que dispõe, e também proporcionar a capacitação dos servidores públicos.

Segundo ele, ao acompanhar as ações desenvolvidas pelos professores e estudantes das instituições de ensino superior, a proposta é preparar os gestores públicos, como agentes de saúde, de educação e assistentes sociais, para serem multiplicadores do aprendizado. O projeto atende municípios com menos de 30 mil habitantes ou que tenham Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo de sete.

Integração nacional

Durante a Operação, os rondonistas promoverão atividades sobre os temas de comunicação, saúde, cultura, educação, meio ambiente, trabalho, tecnologia, produção e justiça. Os estudantes trabalharão, prioritariamente, com agentes multiplicadores, tais como funcionários das prefeituras, professores, agentes de saúde e lideranças locais, o que permitirá maior retenção e disseminação dos conhecimentos a serem transmitidos por eles.

Ainda participará da Operação uma equipe de Comunicação Social da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), com o objetivo de divulgar as atividades desenvolvidas pelas demais equipes, dando maior visibilidade às ações sociais realizadas pelos rondonistas e divulgando o Projeto Rondon como ferramenta de integração nacional.

O Estado já recebeu o projeto outras duas vezes, em 2011: a operação Arara Azul, contemplando os municípios de Anastácio, Bodoquena, Caracol, Guia Lopes da Laguna, Ladário, Miranda e Porto Murtinho; e a operação Rio Paraguai, realizada na calha do principal rio do Pantanal, de Norte ao Sul de Corumbá, com foco nas comunidades ribeirinhas e indígenas.

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